Kanye West concorre à Casa Branca “em nome de Deus”

por Guilherme Rego
Miguel Judas
Kanye West

Depois de ter apoiado Trump nas últimas eleições, o músico americano anunciou ser ele próprio candidato à presidência dos Estados Unidos

A altura não podia ser mais bem escolhida, a 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos, Kanye West anunciou que será candidato à presidência dos Estados Unidos já nas próximas eleições. Poucos dias antes, havia lançado o single Wash Us in the Blood. O tema aborda as questões raciais e mereceu os maiores elogios da crítica, classificado em diversos meios como “a melhor música” feita por West nos últimos anos. O anúncio da candidatura poderá assim, dizem algumas más-línguas, de uma mera ação de marketing, com a intenção de promover o novo álbum, provisoriamente intitulado de God’s Country e com edição prevista ainda para este ano.

Em defesa do músico diga-se todavia que não seria preciso arriscar tanto para vender discos. Afinal, West é um dos mais sucedidos artistas da história da indústria musical, com 140 milhões de discos vendidos e vencedor de um número recorde de 21 prémios Grammy, além de ser dono de um império empresarial que se estende da moda à tecnologia e lhe valeu a entrada na lista dos multimilionários da revista Forbes. E também não é novidade para ninguém o seu interesse pela política, nem a imensidão do seu ego, apenas talvez comparável o seu não menos gigantesco talento.

A primeira vez que se anunciou como candidato à Casa Branca foi já em 2015, durante a cerimónia de apresentação dos MTV Video Music Awards, precisamente para as eleições deste ano, apesar de há apenas alguns meses ter adiado essa intenção para 2024. Entretanto, tudo mudou outra vez, apesar de, talvez, já ser um pouco tarde demais, pois o atraso na entrega da candidatura já não lhe permite ir a votos em seis dos 50 estados americanos. Pormenores que não parecem incomodar o rapper, músico e produtor nascido há 43 anos em Atlanta, Geórgia, desde há alguns anos convertido ao cristianismo (os seus últimos álbuns têm todos uma temática religiosa) e para quem chegar à presidência dos EUA parece fazer parte de uma espécie de missão divina, como deu a entender na rede Twitter, aquando do anúncio da candidatura, sob a hastag #2020VISION: “Devemos realizar a promessa da América e confiar em Deus, unificando a nossa visão e construindo o nosso futuro”.

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