Cristina Duarte sucede a Bience Gawanas, da Namíbia. Tem 34 anos de experiência e chefiou a pasta das Finanças e Planeamento no seu país. Também tem experiência na gestão de projetos para o desenvolvimento
Cristina Duarte é a nova conselheira para África do secretário-geral da ONU, António Guterres. Antes deste novo cargo, era membro da Comissão de Especialistas da ONU sobre Administração Pública e do Conselho Diretivo para Assuntos Económicos e Sociais, dirigido pelo presidente do Ruanda, Paul Kagame.
Ocupou cargos no governo de Cabo Verde de 2006 a 2016. Antes de iniciar a carreira política, dirigiu um projeto do Banco Mundial para o setor privado e foi diretora de planeamento e estudos do Ministério da Agricultura de seu país. Também trabalhou no Quénia como gerente de relações institucionais e financeiras do Citibank chegando a vice-presidente da instituição no país africano, segundo o seu perfil publicado no site da ONU.
A ex-ministra de Cabo Verde tem um mestrado em administração de negócios e gestão internacional e é bacharel em políticas públicas.
Numa entrevista que deu à ONU News sobre os desafios globais, falou sobre a “profunda transição” que o mundo atravessa a nível geopolítico, nomeadamente com a ascensão e poder das grandes multinacionais.
Os novos poderes económicos são as multinacionais que conseguiram ter um poder de mercado global extremamente grande. Refiro-me por exemplo, a um Facebook, ao Google, à Amazon
“O mundo neste momento está basicamente a viver um período de profunda transição em termos geopolíticos. A ordem económica, a correlação de forças que se estabeleceu na decorrência da Segunda Guerra Mundial, que liderou os destinos do planeta até vésperas da crise internacional. Esta ordem, esta correlação de forças, está a ser objeto de uma mudança. Há emergência de novas vozes políticas, de novos poderes económicos. (…)os novos poderes económicos são as multinacionais que conseguiram ter um poder de mercado global extremamente grande. Refiro-me por exemplo, a um Facebook, ao Google, à Amazon”, afirmou Cristina Duarte, na entrevista à ONU News.
