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É um dos efeitos da Pandemia. Grave no imediato e com consequências imprevisíveis no médio e longo prazo. O turismo, a “Indústria da Paz”, atravessa uma crise com reflexos diretos no PIB de muitos países e nas relações de muitos povos.
O desconhecimento e a ignorância são quase sempre bom refúgio para teorias espúrias e doentias, aquelas que alimentam a intransigência, a intolerância e os extremismos…podia até dizer o racismo.
A “Indústria da Paz”, ou seja, o turismo fabrica relações entre os povos, combate os pré-conceitos e estreita ligações de confiança. O desconhecido é menos ameaçador quando se transforma no companheiro de viagem, se senta na mesa do lado, ou na nossa mesa, quando nos explica o monumento, ou o nome da rua.
Não me sinto turista, só porque gosto de viajar. E gosto. O turismo abana-me as rotinas e as certezas. Lança escadas nas muralhas que inconscientemente – eu e todos – vamos erguendo.
Como turistas – por norma – admitimos uma proximidade maior. Não digo que rasguemos as nossas vestes culturais, mas até nos podemos permitir combinar a roupa de uma outra maneira.
Não serão relações para a vida – essas exigem uma construção mais sustentável e duradoura – mas ajudam a eliminar a desconfiança entre os povos. O meu e aquele que me recebe, ou que eu recebo.
O que eu sei sobre os outros muda o que sei sobre mim. O que eles gostam e o que desvalorizam, o que valorizam em vida e como valorizam a morte, o seu sentido de humor, a forma como amam…tudo isso faz deles mais meus. Porque os conheço.
Não me sinto turista, só porque gosto de viajar. E gosto. O turismo abana-me as rotinas e as certezas. Lança escadas nas muralhas que inconscientemente – eu e todos – vamos erguendo.
Por tudo isto só posso desejar…rápidas melhoras à “Indústria da Paz”.
Diretor do PLATAFORMA*