Orquestras dão música durante a pandemia

por Filipa Rodrigues
Plataforma

O Instituto Cultural de Macau (ICM) anunciou que a Orquestra de Macau e a Orquestra Chinesa de Macau vão reiniciar as atuações durante este mês de julho. No primeiro semestre do ano vários espaços fecharam e cancelaram os espetáculos devido à pandemia global da Covid-19. No período, as duas orquestras promoveram diversas atuações online

Desde fevereiro último, a Orquestra de Macau e a Orquestra Chinesa de Macau já produziram cerca de 90 conteúdos audiovisuais diversos e realizaram 10 concertos online. As duas orquestras ajustaram ainda os respetivos calendários e férias anuais para poderem regressar às atuações públicas quando se registarem melhorias na situação epidémica causada pelo novo coronavírus.

Em resposta ao PLATAFORMA, o ICM lembrou que tem cooperado com as autoridades na prevenção e controlo da epidemia, tendo encerrado temporariamente espaços culturais e evitado atividades que implicariam a concentração de grandes grupos de pessoas. 

Devido igualmente à ausência do território de diferentes músicos que integram aquelas orquestras, devido às medidas de controlo de fronteiras, o ICM teve ainda de cancelar várias atuações anteriormente programadas quer da Orquestra de Macau, quer da Orquestra Chinesa de Macau. 

Até ao passado dia 22 de junho a Orquestra de Macau cancelou um total de 15 concertos, 10 atuações e 13 outras atividades. Já a Orquestra Chinesa Macau cancelou 13 concertos, 31 atuações e 11 outras atividades, de acordo com informação do ICM.

Para responder à procura do público por atividades de âmbito cultural durante o período da pandemia, o ICM decidiu lançar o programa “Todos Juntos com a Cultura no Combate à Epidemia”, através de novos canais mediáticos, os quais contaram com a participação das duas orquestras. 

Desde fevereiro de 2020, os diferentes conteúdos audiovisuais, assim como os concertos online produzidos e promovidos pela Orquestra de Macau e a Orquestra Chinesa de Macau foram disponibilizados através das redes sociais, quer do Instituto Cultural, quer das duas orquestras, incluindo Facebook, WeChat e Youtube. 

O ICM esclareceu ainda que durante o período da pandemia, as duas orquestras nunca pararam de se preparar para a nova temporada musical. Os músicos continuaram os ensaios, individualmente, segundo a orientação dos respetivos diretores musicais, de forma a assegurar que estão preparados para os futuros concertos.

As férias anuais dos músicos foram também alteradas. O ICM esclareceu que, com o impacto da pandemia durante a primeira metade do ano, e após uma análise ponderada, as duas orquestras decidiram alterar o calendário e férias para o ano em curso, podendo oferecer concertos ao público quando a situação epidémica melhorar. 

Estão por isso planeadas atuações para este mês e para agosto, com as duas orquestras a partilharem com o público “música e cultura de qualidade”, adiantou o ICM. Sobre as férias anuais para a temporada 2020-2021, o ICM adiantou que as duas orquestras não exigiram que os músicos as utilizassem antecipadamente. 

Embora a epidemia esteja relativamente estabilizada a nível local, existem ainda alguns concertos previstos que vão ser anulados, já que alguns músicos não conseguiram ainda regressar a Macau, e por isso não vai ser possível seguir com a programação prevista para o ano.

É o caso dos espetáculos “Música para Dançar” (11 de julho), “Sopros Magníficos” (18 de julho) e “Concerto de Encerramento da Temporada 2019-20 – Concertos para Piano de Beethoven por Rudolf Buchbinder” (24 e 25 de julho), pela Orquestra de Macau, a que se junta o “Concerto de Encerramento da Temporada 2019-2020: Dança ao Som de Melodias Pitorescas” (26 de julho) pela Orquestra Chinesa de Macau. 

Em relação à organização do Festival Internacional de Música de Macau, o ICM adiantou que ainda está em fase de preparação, não sendo para já possível avançar com informação mais detalhada.  

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