A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau desmantelou na quarta-feira uma rede de contrabando de medicamentos que utilizava o Hospital Militar para fazer chegar os fármacos ao país, disse hoje aquela força de investigação criminal.
A operação, denominada “Pharmex”, desmantelou um “esquema de contrabando internacional de medicamentos liderado por um grupo farmacêutico a operar em Bissau”, refere, em comunicado enviado à Lusa, a PJ guineense.
Segundo a PJ, o grupo, que opera no território nacional com várias farmácias, importava por mar e terra contentores de medicamentos em nome do Hospital Militar.
“O grupo, sem qualquer autorização da autoridade sanitária competente, aproveitou-se da situação da pandemia da covid-19 e contrabandeou em nome do Hospital das Forças Armadas grandes quantidades de medicamentos que depois rapidamente distribuía às suas redes de farmácias”, salienta a PJ.
A PJ fechou a sede da empresa e um armazém, e o administrador do grupo foi detido, tendo sido já ouvido e ficado sob termo de identidade e residência.
O grupo é suspeito dos crimes de fraude fiscal, corrupção, associação criminosa e contrabando de medicamentos, acrescenta, no comunicado, a PJ.