Celebrações do centenário de Amália já começaram

por Guilherme Rego
Plataforma com Lusa

Concertos, exposições, ‘videomapping’ e a festa de reabertura das casas de fado são algumas das iniciativas previstas para celebrar os 100 anos do nascimento de Amália Rodrigues até 2021

O programa celebrativo, que começou ontem e se estende até ao próximo ano,engloba diversas iniciativas.

Ontem, realizou-se um tributo de 100 guitarristas, de distintas gerações, ao legado da fadista, nos Paços do Concelho de Lisboa.

O concerto, transmitido ‘online’ a partir das redes sociais da Câmara Municipal de Lisboa, da Empresa municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e do Museu do Fado, será exibido pela RTP no próximo dia 4 de julho.

No dia do aniversário de Amália, em 23 de julho, Camané e Mário Laginha atuam no Museu do Fado. Os dois artistas vão “revisitar alguns dos temas mais emblemáticos de Amália Rodrigues e Alain Oulman (1928-1990)”, que em vida compôs exclusivamente para a diva. “Maria Lisboa”, “Madrugada de Alfama”, “As Águias”, “Naufrágio” e “Gaivota” são alguns dos fados de autoria de Oulman. Este concerto será igualmente transmitido em ‘streaming’ através das redes sociais da Câmara de Lisboa.

De 3 a 12 de setembro acontece a Festa do Fado, assinalando a reabertura das casas de fado, depois do encerramento devido à Covid-19, “com condições especiais aos seus visitantes”. Esta iniciativa, da câmara em parceria com a Associação das Casas de Fado (ACF), prevê, segundo a organização, a atuação de “mais de 100 artistas em sessões gravadas e transmitidas em ‘streaming’, a partir das redes sociais da Câmara e do Museu do Fado”.

Joel Pina, músico cuja carreira se entrecruza com a de Amália, de quem foi viola-baixo durante mais de 30 anos, fez em fevereiro 100 anos.

A festa prevista para março último, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, foi adiada e vai acontecer no âmbito das celebrações amalianas, no dia 24 de setembro, no Museu do Fado.

Amália afirmou em várias entrevistas que nasceu “no tempo das cerejas”, fazendo uma alusão às suas origens familiares no concelho do Fundão, o que dá o mote para um concerto, com direção artística de Luís Varatojo, “No Tempo das Cerejas”.

Este concerto, no Castelo de S. Jorge, conta com as participações dos fadistas Ricardo Ribeiro, Camané e Ana Moura, acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção do maestro Rui Pinheiro, e a participação dos músicos José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola) e Didi (baixo), Rui Toscano (saxofone) e Gaspar (guitarra portuguesa).

Este concerto, cujos arranjos musicais são de Pedro Moreira, Filipe Raposo e Mário Laginha, é transmitido pela RTP a 30 de julho.

Já o musical “100 Amália” pretende responder à questão: “Como sentem e vivem o legado de Amália as gerações mais jovens, que nasceram em pleno século XXI?”. “100 Amália” é um musical com encenação, dramaturgia e acompanhamento musical pelo grupo Músicas e Musicais do Agrupamento de Escolas Nuno Gonçalves, com alunos entre os 9 e os 18 anos, e direção musical de Camané.

As celebrações são a nível internacional também, com os vários festivais de fado realizados além fronteiras, patrocinados pela Câmara de Lisboa, a “prestar homenagem à memória viva de Amália Rodrigues”.

Estes festivais, além dos espetáculos dos fadistas incluem conferências, exposições e projeções de filmes.

No dia 6 de outubro, quando passam dez anos sobre a morte da criadora de “Povo que Lavas no Rio”, será transmitido a partir da Casa de Amália Rodrigues na Rua de S. Bento, em Lisboa, um concerto com Sara Correia, Fábia Rebordão e Cuca Roseta. O musicólogo Rui Vieira Nery, um dos membros do grupo de trabalho para a celebração do centenário, fará uma “introdução histórica”.

Outra iniciativa é a realização do documentário televisivo “Fado”, em 12 episódios, de autoria do músico Paulo Valentim, que assina a conceção e desenvolvimento com Hélder Moutinho e Pedro Ramos cabendo a realização e direção de fotografia a Aurélio Vasques. Este documentário, em parceria com a ACF, visa promover “o universo do fado na cidade de Lisboa”.

As comemorações do centenário de Amália Rodrigues prosseguem no próximo ano, com quatro exposições, ‘videomapping’, conferências e colóquios.

A programação está disponível no “site” Centenário Amália Rodrigues.

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