Incêndios na Amazónia brasileira batem recorde de 13 anos em junho

por Rute Coelho

O Brasil registou 2.248 focos de incêndio na Amazónia em junho deste ano, a maior taxa registada para aquele mês desde 2007, informaram hoje fontes oficiais.

Dados recolhidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão governamental que faz a monitorização da destruição da Amazónia no Brasil, indicaram uma subida de 19,57% nos focos de incêndios apenas em junho.

Entre maio e junho, nos dois primeiros meses da estação seca na maior floresta tropical do planeta, as imagens de satélite detetaram um total de 3.077 incêndios, 12,5% a mais do que nos mesmos meses do ano passado, segundo o INPE.

As organizações ambientais que atuam no país têm denunciado o aumento de incêndios florestais durante a estação seca na amazónia brasileira, que geralmente dura até setembro, após altas taxas de desflorestação atingirem a região no ano passado.

Numa nota publicada hoje em seu ‘site’, a Greenpeace frisou que mesmo com a deslocação de agentes do Exército brasileiro para a região, as queimadas na Amazónia registaram o maior número de focos de calor em junho, desde 2007.

A organização não-governamental mencionou que depois de muitas críticas o Governo liderado pelo Presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas na Amazónia, mas esta resposta tem sido ineficiente para solucionar o problema das queimadas.

“Enquanto isso, órgão ambientais [do Brasil] que atuam de forma estratégica, com experiência e apoiados na ciência, vêm sofrendo redução drástica de autonomia, pessoal e orçamento, impactando fortemente suas operações de fiscalização, fundamentais para o combate da desflorestação”, frisou a Greenpeace.

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