“O meio do fado odiava a Amália”

por Gonçalo Lopes
Ricardo Alexandre

Grande repórter da revista Visão, Miguel Carvalho acaba de publicar uma investigação jornalística que resultou no livro de mais de 600 páginas “Amália: Ditadura e Revolução”. Foco: as ajudas da fadista ao PCP e aos presos políticos da ditadura salazarista.

Osétimo livro de Miguel Carvalho resulta de “um fascínio relativamente recente”. Em casa da família paterna de militância comunista, não entravam discos de Amália Rodrigues, tida como cantadeira do salazarismo. Miguel Carvalho começou a ouvi-la através de Rão Kyao e do seu “Fado Bailado” (1983). Tinha treze anos e aí começou a comprar alguns discos do nome maior do fado em Portugal. Quando, dezasseis anos depois, Amália morre, José Saramago está em Paris a ser condecorado pelo estado francês depois de lhe ter sido atribuído o Nobel da Literatura. Quando questionado sobre Amália Rodrigues afirma que chamar-lhe cantora do antigo regime “tem muito que se lhe diga, ela fez contributos para o partido comunista”. O jornalista admite que “essa parte era algo que eu não conhecia até Saramago levantar o véu”. Algo que o PCP nunca assumira.

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