O Governo da Guiné-Bissau impôs hoje cerca sanitária em todas as regiões do país para impedir o aumento dos contágios pelo novo coronavírus no âmbito da regulamentação do estado de emergência declarado pelo Presidente, Umaro Sissoco Embaló.
Segundo o regulamento, distribuído à imprensa, é “fixada cerca sanitária regional em todas as regiões, sendo proibida a circulação inter-regional em todo o território nacional, incluindo Bissau”.
A circulação inter-regional só está autorizada para entrada e saída de bens essenciais, transporte destinado ao escoamento da castanha de caju, ajuda humanitária, entrada e saída de pessoas doentes e utentes de serviços de rotina, e de deputados em exercício de funções.
O transporte de passageiros só é permitido dentro da mesma região, com os vidros abertos, e é obrigatório o uso de máscara.
Os proprietários de veículos de transporte de passageiros ficam também obrigados a proceder à limpeza das viaturas duas vezes por dia.
O regulamento determina também que é permitida a entrada e saída do território nacional.
“A realização de voos dentro do espaço aéreo sob jurisdição nacional fica condicionada a prévia autorização do membro do Governo responsável pelos transportes”, refere o regulamento.
A entrada de pessoas na Guiné-Bissau fica condicionada à apresentação de um teste negativo para covid-19 feito 72 horas antes do embarque.
O regulamento determina que fica proibida a saída do território nacional de alimentos, medicamentos e equipamento e material de saúde.
O Governo guineense manteve o uso obrigatório de máscara para circular nas vias públicas e estabelecimentos comerciais e outros e continuam encerrados espaços que impliquem a aglomeração de pessoas.
O exercício coletivo de liberdades religiosas em igrejas, mesquitas e outros locais de culto permanece proibido até 10 de julho, quando será feita uma nova avaliação à situação no país.
A Guiné-Bissau, com cerca de 1,7 milhões de habitantes, registava, até sexta-feira, mais de 1.600 infeções por covid-19 e 22 vítimas mortais.
No âmbito do combate à pandemia, o Presidente da Guiné-Bissau prolongou, pela sexta vez, o estado de emergência até 25 de julho.