FLEC-FAC apela a Portugal e diz que António Costa pratica “política de avestruz”

por Gonçalo Lopes

A FLEC-FAC anunciou esta segunda-feira a morte de dois civis em Cabinda, alegando que os mesmos foram mortos por soldados angolanos. No mesmo comunicado, a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda pediu também intervenção da classe política portuguesa. 

“Dois civis foram brutalmente mortos pelos soldados angolanos das FAA, num ataque contra a FAC, realizado na noite de domingo, na vila Lucanga, em Necuto, perto da fronteira com a República Democrática do Congo. Uma patrulha da FAC foi emboscada pelas FAA e as forças angolanas abriram fogo contra a FAC. As trocas de tiros duraram várias horas. O balanço: dois soldados angolanos mortos, um soldado da FAC levemente ferido e dois civis cabindeses mortos”, lê-se em comunicado assinado pelo general António do Rosário Luciano. 

A FLEC-FAC apela também a uma posição do governo português, a quem acusa de praticar a “política de avestruz”. 

“A FLEC-FAC aproveita a oportunidade para exortar o primeiro-ministro português, António Luís Santos da Costa, a romper o pesado silêncio que mantém, desde que assumiu o cargo, e a se posicionar de maneira clara e inequívoca diante da situação política. Aconselhamos o Primeiro Ministro português a parar de praticar a política de avestruz no caso Cabinda. A FLEC-FAC também pede à classe política portuguesa que expresse uma opinião sincera sobre a questão de Cabinda e condene claramente a política repressiva do governo angolano no território de Cabinda”, consideraram. 

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