Pelo menos seis estabelecimentos comerciais ficaram parcialmente destruídos na sequência de um incêndio na noite de hoje no mercado Xipamanine, um dos mais movimentados de Maputo, capital moçambicana
O fogo, que deflagrou por volta das 21:00 (19:00 em Lisboa), terá sido originado por um curto-circuito num dos estabelecimentos comercias do mercado, segundo fontes citadas pela Televisão de Moçambique.
O Corpo de Salvação Pública (bombeiros) foi chamado ao local, mas vários produtos nos seis estabelecimentos comerciais foram destruídos pelo fogo, acrescentou a fonte, que não fez referência a existência de eventuais vítimas.
Há uma semana, no âmbito das medidas de prevenção contra o novo coronavírus, o Conselho Autárquico decidiu encerrar temporariamente os mercados da capital moçambicana e o Xipamanine foi o primeiro.
O mercado esteve fechado por três dias para que técnicos do Conselho Autárquico de Maputo reorganizassem o espaço, delimitando novos lugares para os vendedores, uma medida que visa garantir o distanciamento.
Na ocasião, vários comerciantes informais contestaram a medida, temendo perder os seus espaços no mercado devido às novas delimitações.
Então, em declarações à Lusa, o chefe da Comissão do Mercado Informal do Xipamanine, Vasco Massingue, esclareceu que os vendedores não serão retirados das suas bancas, acrescentando que o objetivo do município é salvaguardar a saúde dos comerciantes.
Com um total de 737 infeções já registadas e cinco mortos, Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes até 29 de junho.
No país estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 469 mil mortos e infetou quase nove milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.