E que tal manter alguns bons hábitos pós Covid-19?

por Gonçalo Lopes
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As únicas boas notícias, salientadas um pouco por todo o mundo, desde o início da pandemia é que a mesma tem sido boa para a ‘saúde’ do planeta e para uma mudança, também ela excelente, na forma de viver de cada um de nós.

Basta, no entanto, fazer uma pequena pesquisa, num qualquer motor de busca, para chegarmos à conclusão que em outras alturas em que os níveis de poluição reduziram num curto espaço de tempo, logo a seguir a mesma aumentou mais que o normal. Na prática é dizer que se estivemos três meses a ‘proteger’ o mundo, confinados em casa, o mais natural é que os próximos três, de ‘liberdade’, sirvam para nos ‘vingarmos’ e voltarmos a destruir o planeta.

Mas há esperança. É que neste confinamento forçado muitos de nós criámos novos hábitos. E mais importante que isso é que aprendemos a gostar desses novos hábitos, pelo que se continuarmos a manter alguns desses, o planeta agradece e todos nós também teremos uma vida melhor. Vejamos alguns exemplos:

1 – Deixar os veículos motores na garagem

Muitas foram as imagens a nível mundial em que se viram cidades vazias, sem pessoas, mas sobretudos sem veículos motores. Nas curtas viagens que as pessoas foram realizando em confinamento, optaram por andar a pé ou de bicicleta, evitando os carros, os comboios ou os aviões, que queimam combustíveis fósseis.

2 – Não desperdiçar alimentos

Antes da pandemia, haviam muitos estudos que apontavam que 50% da nossa alimentação caseira ia parar ao lixo, ou seja, desperdiçávamos imensa comida. Durante a pandemia houve muito mais controlo. Se assim continuar, evitam-se deslocações aos supermercados, menos poluição com os tais veículos motores, e até a carteira agradece.

Na prática é dizer que se estivemos três meses a ‘proteger’ o mundo, confinados em casa, o mais natural é que os próximos três, de ‘liberdade’, sirvam para nos ‘vingarmos’ e voltarmos a destruir o planeta.

3 – Melhor alimentação

Temos comido muito melhor, disso não há dúvida. Sobretudo porque a maioria das pessoas não se limitou apenas às soluções mais rápidas, aos alimentos processados e isso não só foi bom para a nossa saúde, como também para a do planeta. É que ao nos alimentarmos com menos desses produtos, houve também uma redução de emissões poluentes. Para quem não sabe, a indústria alimentar é uma das mais poluentes a nível mundial.

4 – Economia local e gastos desnecessários

Pensemos mais na nossa economia local. Havia, e ainda há, muitos que procuram os produtos mais baratos, sobretudo em sites como Ebay ou AliExpress. Se acabarmos por fazer contas, esses produtos não saem mais baratos (tempo de chegada e durabilidade); se fizermos compras locais ajudamos à nossa economia e à preservação de empregos. E, diga-se, nestes tempos o pequeno comércio tem crescido. Pouco, mas tem. Outra coisa são os gastos desnecessários. O confinamento permitiu a um elevado número de pessoas, sobretudo as que não foram afetadas por Layoff, cortes salariais, etc, chegarem ao fim do mês com mais dinheiro na conta. E qual a razão? Gastou-se menos, é um facto, mas também não se gastou, como antes, de forma desnecessária, em coisas supérfluas.

5 – Confiar na ciência

A expressão que mais temos escutado nos últimos tempos é: “temos de esperar pela vacina”. E nos motores de busca a palavra mais procurada é mesmo “vacina”. Isso quer dizer que passámos a confiar mais nos cientistas. Que assim continue a ser, até porque ajudará em outros aspetos, como por exemplo nas lutas pelos oceanos e pelas mudanças climáticas.

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