Por que é preciso sair à rua?

por Guilherme Rego
André VenturaAndré Ventura*

Os últimos meses têm ficado marcados pela ideia de que Portugal é um país racista e de que existe na sociedade um problema de racismo estrutural.

Esta ideia tem de ser combatida pelo simples facto de que não corresponde, de todo, à verdade e à cultura do povo português.
Recuso-me a aceitar que a extrema-esquerda civil e política nos acusem, a nós, portugueses, de sermos racistas enquanto um todo. Não há uma cultura racista em Portugal, antes pelo contrário.
Porém, tal não significa que tenhamos de ser naïves ao ponto de dizermos que não existem pessoas racistas. No entanto, uma árvore não faz a floresta e a existência de cidadãos racistas não torna Portugal num país racista.
A opinião pública e publicada não deu atenção a uma sondagem feita pela rádio TSF em que se perguntava se faz falta, ou não, um grande plano de combate ao racismo em Portugal. Cerca de 80% dos portugueses deixaram bem claro que não, não faz falta um grande plano pelo simples facto de que não existe um problema de racismo em Portugal.

As minorias, sejam elas quais forem, tem direito à proteção social

O que existe, e isso é o que realmente nos deve preocupar, é a necessidade de determinados quadrantes da sociedade se considerarem vítimas de racismo para, desta forma, verem alguns dos seus comportamentos desculpados.
Já muitas vezes disse e volto a dizer: as minorias, sejam elas quais forem, tem direito à proteção social. É esse um dos pilares de uma sociedade em que vigora o Estado de Direito. Contudo, têm também deveres a cumprir, como qualquer outro cidadão e isso é uma verdade que é inegável e que não adianta quererem escamotear, porque nós não vamos permitir que isso aconteça.

A tese da vitimização tem sido utilizada por partidos de esquerda para sobreviver politicamente. Esta falta de noção política e, sobretudo, social, tem vindo a criar fraturas profundas entre os nossos concidadãos cujas consequências podem vir a impactar a forma como vivemos enquanto sociedade até porque a larga maioria dos discursos de ódio que temos vindo a ouvir têm como destinatários os elementos das forças de segurança.
Uma sociedade que não respeita as autoridades não poderá ser, jamais, uma sociedade desenvolvida e segura. Retirar a autoridade às nossas forças de segurança é um caminho muito perigoso de se seguir e isto acontece quando se acusa, de forma reiterada e injuriosa, os nossos polícias de serem racistas. Isto acontece quando se aponta o dedo aos polícias e nunca ao prevaricador e isto só acontece quando este último pertence a uma minoria.
E quando há problemas entre elementos de diferentes minorias? O que se ouve por parte de quem os defende cegamente em busca de votos? Silêncio. Mas desenganem-se se acham que este silêncio nada diz. A ausência de comentários públicos sobre o sucedido é revelador da natureza de determinados agentes da nossa vida política e social e nós não podemos, nem devemos, deixar que tal passe, perdoem-me a expressão fácil, entre os pingos da chuva.
Os portugueses não merecem o epíteto de racistas. Os portugueses precisam de alguém que os defenda. De alguém que não tenha medo de sair à rua e assumir, sem receios, nem vergonhas, que é português, é de direita e não é racista.
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É tempo de a direita mostrar a sua força e lutar pelo bom-nome e dignidade do seu povo. E é isso que contamos fazer no próximo dia 27 em Lisboa.
Nós, portugueses, orgulhosos do nosso país e da nossa história – com todos os seus defeitos e qualidades; nós, portugueses, que não somos racistas e que defendemos a sociedade multicultural com todos os seus direitos e deveres, temos de sair à rua e mostrar que recusamos todos os epítetos pejorativos que nos querem colar.
É importante que deixemos claro que, ao contrário do que se diz, a luta contra o racismo não é uma luta exclusiva da esquerda e da extrema-esquerda. É uma luta de todos. E o que não tem sido de todos é a defesa do povo português como um todo.
É hora de a assumirmos.
Dia 27, contamos convosco.

*Deputado e Presidente do CHEGA

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