Morte do embaixador

por Filipa Rodrigues
David Chan*

Recentes assassinatos no Médio Oriente e nos Estados Unidos têm atraído a atenção do mundo. Primeiramente, o caso no médio Oriente diz respeito ao embaixador da China em Israel, Du Wei, que foi encontrado morto na sua residência. Esta morte veio trazer atenção sobre o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Com a atual rivalidade entre a China e os EUA em Israel, o encontro entre o embaixador e Mike Pompeo, assim como o estatuto como antigo Diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), torna-se difícil não o relacionar com a morte misteriosa de Du Wei.

No dia 13 de maio, um dia após o embaixador chinês ter publicado um artigo em Israel sobre a posição da China em relação à situação no Médio Oriente e o futuro desenvolvimento económico, Pompeo fez uma visita repentina a Israel, apesar da grave situação epidémica no país, passando a imagem de homem de coragem numa visita extraordinária para uma missão extraordinária.

Esteve no país apenas seis horas, todavia, nesse curto espaço de tempo esteve extremamente ocupado. Encontrou-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para partilhar algumas ideias sobre como lidar com a pandemia e com a atual situação do Médio Oriente.

o encontro entre o embaixador e Mike Pompeo, assim como o estatuto como antigo Diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), torna-se difícil não o relacionar com a morte misteriosa de Du Wei

Após uma breve conferência de imprensa regressou imediatamente à embaixada americana em Israel, onde se encontrou com vários oficiais israelitas, incluindo o Ministro da Defesa e Primeiro-Ministro Adjunto, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros e o tão temido Mossad – Instituto para Inteligência e Operações Especiais.

No dia 17 de maio o embaixador Du Wei foi encontrado morto, depois de Pompeo ter abandonado a reunião privada com membros da força de inteligência israelita. Tratando-se de uma área tão relevante como a diplomacia, a morte misteriosa de um embaixador é algo extremamente raro, e o que torna a situação ainda mais peculiar é a presença do antigo líder da agência americana CIA no local que é ponto de conflito.

Embora atualmente o lado chinês ainda possua pouca informação em relação a este assunto, acredito que a verdade eventualmente virá ao de cima.

*Editor senior do Plataforma

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