Aston Martin, o carro de James Bond, está a viver a maior crise

por Rute Coelho

A indústria de automóvel de luxo britânica cortou milhares de empregos ontem. A Aston Martin suprimiu 500 postos de trabalho e o grupo Lookers outros 1500, noticia o Financial Times

As perdas nestes dois gigantes da indústria acontecem uma semana depois de a McLaren anunciar a supressão de 1200 postos de trabalho e com mais possíveis cortes previstos para os próximos dias.

A indústria automóvel no segmento luxo está a debater-se com quedas abruptas nas vendas que chegaram neste mês devastador a 90%, escreve o Financial Times. Por causa da pandemia fecharam fábricas e espaços de exibição (“showrooms”).

Em maio foram vendidos 20,247 novos carros neste setor contra 183,724 no período homólogo do ano anterior, segundo números divulgados pela Sociedade de Fabricantes Automóveis ( Society of Motor Manufacturers aand Traders).

Os negociantes do ramo em Inglaterra reabriram na segunda-feira, na esperança de que os clientes venham ressuscitar as vendas, cruciais para suportar as fábricas no Reino Unido e no resto da Europa.

Os cortes da Aston Martin não estão apenas relacionados com a pandemia mas também com a estratégia do novo dono da companhia, o milionário canadiano Lawrence Stroll. Conhecido pelos seus gostos excêntricos na indústria da moda e dos carros de corrida, Stroll tomou a decisão de reduzir a produção de carros desportivos da Aston Martin, depois de perdas de 120 milhões de libras do grupo no primeiro trimestre do ano. Uma crise no grupo que já se fazia notar mesmo antes da pandemia da Covid-19.

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