Germano Almeida foi um entre a centena de escritores que estiveram no Correntes d’Escritas, onde também marcou presença Luis Sepúlveda. Ao voltar a Cabo Verde, provocou o alarme por poder estar infetado. Não foi o caso e surpreende-se com a morte do autor chileno.
Após O Fiel Defunto, Germano Almeida foi incapaz de fugir à força das personagens desse romance. Partiu para uma continuação, O Último Mugido, e essa atração mantém-se, tanto que está a escrever o terceiro volume. Se a escrita está como seria de esperar, o que o escritor não imaginava era ver-se de quarentena na sua casa em Cabo Verde e ter este romance confinado dentro das livrarias fechadas e privado, pela primeira vez, de o apresentar no seu país. A exceção foi a sessão oficial no encontro literário Correntes d’Escritas, de onde saiu com uma forte gripe, aguardando agora pelo regresso à normalidade para que o livro ganhe liberdade e leitores.
No seu novo romance, O Último Mugido, uma das personagens diz que Cabo Verde é o centro do mundo. Como está o país nestes tempos de pandemia?
Continuamos a viver aqui convencidos de que estamos realmente no centro do mundo e que ele gira à volta de Cabo Verde, sendo em função disto que temos acompanhado a pandemia espalhada pelo mundo. Em Cabo Verde, por sorte nossa, a crise não é comparável a outros países. Onde eu vivo, São Vicente, houve um único caso. Na Boavista, onde nasci, houve diversos casos, mas está praticamente erradicado.
Leia mais em Diário de Notícias.