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Parceiros da Guiné-Bissau querem solução política

Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau, denominados de P5, manifestaram hoje “inteira disponibilidade” para ajudar o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, a encontrar uma solução política para o país.

A informação foi dada aos jornalistas pelo representante da União Africana na Guiné-Bissau, o embaixador são-tomense Ovídeo Pequeno, depois de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional Popular, onde também estiveram presentes a União Europeia, Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Segundo Ovídeo Pequeno, o presidente do parlamento convidou o P5 para um encontro para explicar que tinha sido convidado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a arranjar uma solução política para o país, na sequência do comunicado da CEDEAO.

“Nesse âmbito quis encontrar-se com o P5 para pedir o nosso apoio e nós manifestámos a nossa inteira disponibilidade para o fazer. Na sequência deste encontro vamos ter uma reunião entre o grupo e ver qual poderá ser a ação do P5”, afirmou o representante da União Africana.

No âmbito da mediação à crise política na Guiné-Bissau, a CEDEAO emitiu, em abril, um comunicado no qual reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país e instou as autoridades a nomear um novo Governo que respeite os resultados das legislativas de 2019, num prazo que terminou sexta-feira, e a revisão da Constituição.

Apesar das duas rondas de audiências aos partidos com assento parlamentar, feitas por Umaro Sissoco Embaló, e uma série de encontros realizados entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas, com as restantes formações partidárias, os políticos guineenses não conseguiram alcançar um entendimento.

Na segunda-feira, o Presidente guineense deu até 18 de junho ao presidente do parlamento para arranjar uma solução.

O PAIGC venceu as legislativas de março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.

Logo no início da legislatura, o líder da APU-PDGB, Nuno Nabian, que ocupava o cargo de primeiro vice-presidente do parlamento, incompatibilizou-se com o PAIGC e aliou-se ao Madem-G15, segunda força política do país, com 27 deputados, e Partido da Renovação Social, que elegeu 21 deputados.

Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantiveram a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar assinado com o PAIGC. Os dois blocos alegam ter a maioria no parlamento.

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