Pela primeira vez em 50 anos, o Dia da Terra, celebrado sempre a 22 de abril, foi assinalado com o mundo em casa. Nesta data, os humanos habitualmente celebram o planeta onde vivem, com os holofotes voltados para as questões ambientais e da sustentabilidade.
Apesar de haver alguns indicadores de melhoria ambiental por causa da pandemia, a verdade é que a Covid-19 trouxe outras formas de poluição, lembra Flávia Zurga Silva. “Temos visto alguns comportamentos que não demonstram que estamos a ser mais amigos do ambiente: o caso das luvas e das máscaras pelo chão provam o cuidado que não estamos a ter”, destaca.
“Correm imagens pelo mundo desse tipo de resíduo nas ruas, nas praias, no oceano, o que é preocupante”, lamenta.
Mas a pandemia pode ter tido um papel de desaceleração de hábitos prejudiciais ao ambiente. “Acredito que algumas das pessoas tenham adaptado alguns dos comportamentos e atitudes [amigos do ambiente], agora que estão em casa”, admite.
A Fundação Oceano Azul desafiou dezenas de organizações a celebrarem o dia com iniciativas digitais. E 40 movimentos aderiram positivamente às atividades, para diferentes idades, como “concursos de desenhos para crianças, construção de uma história conjunta sobre o lixo marinho que afeta os oceanos, uma canção construída conjuntamente sobre a terra”.
“Tivemos desafios, como o de partilharem fotografias e gestos que têm diariamente e que contribuem para a sustentabilidade”, exemplificou ainda a representante da Fundação Oceano Azul. Para acompanhar a edição 2020 do dia Mundial da Terra bastou seguir nas redes sociais a hastag #EarthDayEmCasa.
Também Greta Thunberg marcou a efeméride com a publicação de um vídeo evocativo às alterações climáticas na Terra. Durante o confinamento, as emissões de gases de efeito de estufa sofreram reduções, mas a ativista não abdicará da luta contra o aquecimento global.