O vírus é uma ameaça para os 50 milhões de refugiados nos seus países

por Guilherme Rego

Os dados são do Observatório de Deslocados (IDMC) e indicam que há mais 10 milhões de deslocados do que no ano anterior. Concretamente, 50,8 milhões de pessoas, um número recorde, como noticia hoje o jornal espanhol El País com base no relatório do IMDC.

A maioria foge (sem sair do país) dos conflitos armados e da violência (45,7 milhões), e outros das catástrofes naturais (5,1 milhões).

Num e noutro caso, enfrentam agora um pavor comum: a pandemia de coronavírus, face à qual qual não podiam estar mais desprotegidos.

“As pessoas deslocadas são muito vulneráveis, vivem em acampamentos abarrotados, refúgios de emergência e abrigos improvisados com escasso ou nulo acesso a cuidados sanitários”, observou, em declarações ao El País, a diretora do IDMC, Alexandra Bilac.

“A pandemia global do coronavírus vai agravar as suas condições de vida, já por si precárias, limitando ainda mais o acesso destas pessoas aos serviços essenciais e à ajuda humanitária”, acrescentou a responsável.

Os deslocados pela guerra e pela violência localizam-se sobretudo em países como Síria, Colômbia, República Democrática do Congo (RDC), Iémen e Afeganistão. Muitos dos habitantes que fugiram das suas casas ainda não puderam voltar muitos anos depois.

Os desastres naturais (inundações e terramotos, sobretudo) causaram a deslocação de 5, 1 milhões de pessoas em 95 países, incluindo 1,2 milhões de pessoas deslocadas depois de anos de seca e inundações no Afeganistão, mais de 500.000 por causa das chuvas e monções na Índia e mais de 33.000 no Haiti, uma década depois do devastador terramoto de 2010.

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