“Não tenho problema nenhum em acabar com este parlamento”, afirmou aos jornalistas o general Umaro Sissoco Embaló, ladeado da chefia das Forças Armadas guineenses, durante uma visita ao quartel do Estado-Maior General das Forças Armadas, em Bissau.
Umaro Sissoco Embaló disse ser um líder diferente do seu antecessor, José Mário Vaz, e que em nenhum momento irá permitir que haja bloqueio de qualquer instituição da República na Guiné-Bissau. “Que as pessoas se preparem para as eleições legislativas”, disse.
“No dia em que sentir algum bloqueio do parlamento, é nesse dia que o dissolvo”, avisou Embaló, anunciando ter dado indicações ao ministro das Finanças, Aladje Fadiá, no sentido de não pagar ordenados aos deputados se aqueles bloquearem o funcionamento do órgão.
O general afirmou que vai deixar que o Governo, por si instituído e liderado por Nuno Nabian, dialogue com o parlamento “para que se entendam”, mas frisou que irá agir se persistir o bloqueio.
Disse ainda que na segunda-feira vai convocar o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), José Pedro Sambú, para analisar com aquele os preparativos para uma eventual realização de eleições legislativas antecipadas.
Umaro Sissoco Embaló avisou que respeita a separação dos poderes constitucionais, mas que na Guiné-Bissau, doravante “só há um chefe, aquele que foi eleito pelo povo”.
O Governo de Nuno Nabian anunciou que entregava na segunda-feira o programa do seu Governo no parlamento, mas até ao momento ainda não conseguiu.