Desde o início deste século, dois surtos de doenças foram causados por coronavírus que deram o salto dos animais hospedeiros para as pessoas, sofrendo mutações no processo para se prenderem às células humanas. O surto de Covid-19 é o terceiro. A ciência médica está a retaliar com as ferramentas que possui e a construir novas defesas, mas as evidências sugerem que os três vírus por trás dessas doenças são apenas a vanguarda de um exército de possíveis agentes patogénicos que podem chegar aos milhares.
O facto de existir um número tão grande de vírus nos chamados reservatórios de animais não é uma surpresa para os cientistas e investigadores que os estudam. Mas a preocupação é que a evolução do comportamento humano, tanto social quanto económico, esteja cada vez mais a ir ao encontro desse exército em habitat de animais. Os especialistas dizem que isso é resultado da desflorestação maciça e da expansão de terras agrícolas para fornecer alimentos e outros bens a uma população humana que mais do que duplicou, passando dos 3 mil milhões na década de 1960 para os atuais 7,7 mil milhões.
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