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Vidas ou economia, há comparação?

Discute-se, essencialmente, se as pessoas devem regressar aos seus trabalhos para reerguer a economia, ou se devem continuar em casa para evitar o contágio deste vírus. Qual a solução, salvar a economia mundial ou salvar vidas?

Façamos contas, dando como exemplo Portugal. No início de 2020, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária divulgou que se registaram 2284 feridos graves decorrentes de acidentes em 2019. Imaginemos que esses feridos teriam dado entrada nos hospitais, não em um ano, mas sim nas últimas semanas. Tal como aconteceu com o Covid-19, o caos também ficaria instalado.

E como resolver esta situação? Proibir a circulação rodoviária durante um tempo, reduzindo os acidentes e ir regressando aos poucos, até se chegar a uma situação de equilíbrio.

Na prática é o que se está a fazer com o Covid-19. Há estatísticas que apontam para uma média inferior a 4 por cento de internamento, mas são, ainda assim, demasiadas pessoas a lutarem pela vida. É sensato então que se limite a circulação de pessoas, até porque ninguém deverá ter nas mãos a opção de decidir quem vive e quem morre.

E a economia? Os entendidos dizem que vai aí uma recessão mundial, mas continuo a acreditar que será uma paragem económica mais curta do que muitos apregoam. O suficiente, claro, para uma quebra de rendimentos, mas é importante confiar que o sistema vai recuperar aos poucos. E importantes para isso serão os governos e as principais economias mundiais. Eles deverão, sim, ter nas mãos as soluções para sarar as feridas. A economia é muito importante, mas salvar vidas também.

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