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Yang Chuan: “Hengqin irá concentrar-se em formas de construir um desenvolvimento industrial coordenado com Macau”

Em resposta ao PLATAFORMA sobre os planos de Hengqin, e de como irá cooperar com Macau e com países de língua portuguesa, Yangchuan, diretor da Comissão de Administração da Nova Área de Hengqin, afirmou que o Governo da Ilha da Montanha tem trabalhado nesse sentido com a construção do Parque Económico Comercial da China e da América Latina, e com o começo de uma cooperação com o Chile no início deste ano.
Yangchuan referiu que apesar da distância física entre a China e a América Latina, e da barreira linguística, existe um grande potencial na cooperação económica e comercial entre os dois continentes.
O mesmo acrescentou que Hengqin tem gradualmente, na cooperação com o Chile, encontrado formas de desenvolver um modelo de comércio online internacional para conseguir fluxo de capital.
“Atualmente o Parque Económico Comercial da China e da América Latina tem recebido empresas de comércio online internacional que têm como foco os mercados do Chile e do Brasil. Oferecemos a estas empresas vários serviços como apoio financeiro. Para esta área comercial Macau é extremamente importante devido a diversas vantagens como o porto de comércio livre, as relações com países de língua portuguesa, e o sucesso enquanto intermediário comercial entre a China e os países de língua portuguesa. Hong Kong também tem mais-valias como ligações aéreas, sistema logístico, transporte de mercadorias, entre outras. Estamos confiantes de que conseguiremos explorar as vantagens de cada uma destas três regiões”, afirmou à margem da 5º edição do Fórum de Reforma Chinesa Hengqin.
O evento teve lugar na terça-feira, dia 26, tendo como tema “Nova etapa, novo plano, nova ação”. Entre os participantes, destacam-se personalidades como Zhou Xiaochuan, antigo presidente do Banco Popular da China, Wang Shi, fundador do grupo Vanke, Tai Kin Ip, diretor dos Serviços de Economia de Macau, Qu Hongbin, economista para o HSBC China e o diretor da Comissão de Administração da Nova Área de Hengqin. O fórum teve lugar no Centro Internacional de Exposições de Zhuhai no qual se discutiu a atual situação económica da China e do resto do mundo, assim como o desenvolvimento da Área da Grande Baía e do empreendedorismo jovem.
Durante o discurso, o diretor da Comissão de Administração da Nova Área de Hengqin referiu que, ao longo da última década, Hengqin concretizou vários objetivos, mas também enfrentou alguns obstáculos. Como exemplo, Yangchuan referiu o desafio de desenvolver a indústria de alta tecnologia, definir o desenvolvimento industrial da Ilha da Montanha e coordená-lo com Macau.
O responsável siblinhou que acredita que Hengqin se irá focar em três áreas no futuro, incluindo “a exploração de um sistema com Macau mais aberto, alargando a zona franca a Hengqin, promovendo a ligação e integração entre as duas regiões para criar um ambiente comercial semelhante ao de Macau”; “identificar formas mais eficazes de promover a diversificação de indústrias de Macau, estando atualmente a desenvolver em conjunto com Macau seis grandes indústrias, como a de inovação científica e tecnológica, finanças, cuidados de saúde, comércio transfronteiriço, turismo cultural e serviços profissionais.”; e por último, “alargar a cooperação com Macau em áreas relacionadas com a qualidade de vida da população, como habitação, ensino, saúde, cultura e lazer”.
Já o diretor dos Serviços de Economia de Macau, Tai Kin Ip, partilhou que o Governo da cidade tem dado prioridade ao desenvolvimento das capacidades dos jovens locais, promovendo formas de facilitar o acesso à educação, procura de emprego e empreendedorismo no Continente. Tai Kin Ip mencionou também que a juventude local se preocupa bastante com a otimização do intercâmbio entre Macau e a China continental em áreas como serviços aduaneiros e transportes. O responsável acrescentou ainda que se a Área da Grande Baía, incluindo Hengqin, conseguir estabelecer um sistema de Mobility as a Service (MaaS, na sigla em inglês) – serviço que prevê a integração de vários meios e coordenação de transportes públicos – o fluxo de pessoas dentro da região será ainda mais simples.
Para além da cooperação entre Hengqin e Macau, os convidados deste Fórum discutiram ainda a forma como o Governo central e várias empresas podem responder ao contexto global económico instável. Na tarde de dia 26 foram também organizados mesas redondas sob os temas “Novas fronteiras no comércio transfronteiriço” e “Aproveitamento do potencial da ciência e inovação na Área da Grande Baía”.
O Fórum, organizado pela Caixin Media e pelo Comité de Administração da Nova Área de Hengqin, celebra este ano a 5º edição, continuando a oferecer sugestões para o progresso da cidade e para, segundo o modelo de reforma e abertura chinês, desenvolvê-la a nível político, industrial e académico.

Wendi Song 29.11.2019

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