Novo impulso à gastronomia com reconhecimento da UNESCO

por Arsenio Reis

Foi no passado dia 1 de novembro, que Macau voltou a fazer história. Era já madrugada na região quando a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, anunciou a designação de “Macau, China” como nova cidade membro da Rede de Cidades Criativas da UNESCO (UNESCO Creative Cities Network – UCCN) na área da Gastronomia. 

Essa nova designação vem adicionar mais uma emblemática marca ao portefólio da cidade, que incluía já o de Centro Histórico de Macau, inscrito como Património Mundial da UNESCO em 2005, e no seguimento da inscrição no Registo da Memória do Mundo da UNESCO da coleção denominada “Chapas Sínicas” (Registos Oficiais de Macau durante a Dinastia Qing 1693-1886). A região é membro associado da UNESCO desde 1995.

A nomeação poderá vir a atrair uma série de novas oportunidades para promover a cultura gastronómica tão característica da cidade, ajudando a desenvolver uma indústria de turismo sustentável, indo ao encontro da intenção do Governo de transformar a RAEM num centro mundial de turismo e de  lazer.

Num comentário sobre o sucesso da candidatura, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, e presidente da Comissão de Trabalho para a Candidatura de Macau, China à Rede de Cidades Criativas da UNESCO, Alexis Tam, ressaltou a abertura de novos horizontes e novos modelos de desenvolvimento para o território. 

“Estou extremamente feliz por termos entrado na Rede de Cidades Criativas da UNESCO na área da Gastronomia e plenamente convicto de que a adesão à rede abrirá novos horizontes para desenvolver Macau como uma cidade diversificada, única e sustentável. A gastronomia tem sido desde sempre um elemento de distinção da nossa cultura de mais de 400 anos de cruzamento entre o oriente e o ocidente e iremos fazer todo o esforço para contribuir para o enriquecimento da rede com as nossas características únicas”, afirmou o secretário.

Longo processo

A candidatura foi um longo processo que levou mais de dois anos a estar concluída, mas que se iniciou assim que houve abertura para tal. Macau submeteu a sua candidatura ao secretariado da UNESCO com o apoio da Comissão Nacional da China para a UNESCO, do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado da República Popular da China (RPC), do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) da RPC e do Comissariado do MNE da RPC na RAEM. O Conselho para o Desenvolvimento Turístico também apoiou a iniciativa, bem como o Conselho Europeu de Confrarias Enogastronómicas e a Associação de Cozinha da China. 

Foi então criada, em Julho de 2016, uma Comissão de Trabalho para a Candidatura de Macau, China à Rede de Cidades Criativas da UNESCO. A esta Comissão para a Candidatura de Macau coube a responsabilidade de formular orientações para a candidatura. Liderada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura da RAEM, a Comissão incluiu vários grupos de trabalho, com um total de 48 membros de 18 entidades, como departamentos do Governo, instituições de ensino superior de turismo, associações relacionadas, o setor da restauração, entre outros. Reuniões plenárias e de grupos de trabalho especializados foram realizadas para debater sobre o trabalho de candidatura, com o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura a encarregar a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) pela coordenação dos trabalhos.

“Esta significativa oportunidade de aderir à UCCN não teria sido possível sem o forte apoio do Governo central, que desde o primeiro momento apoiou a candidatura, pelo que estamos profundamente gratos. Estamos também agradecidos aos membros da indústria turística por se terem unido para trabalhar em torno da candidatura e por toda a orientação e apoio que Macau recebeu das outras cidades criativas e entidades durante o processo, de preparação”, afirmou Alexis Tam. O também presidente da comissão de trabalho acrescentou que Macau irá valorizar a nova designação como Cidade Criativa de Gastronomia e fazer bom uso da mesma para ajudar a transformar a cidade num centro mundial de turismo e lazer”.

“Em termos de herança, é esperado que a designação reforce o reconhecimento mundial do legado da culinária de Macau, despertando o interesse entre as gerações mais novas sobre a cultura gastronómica, especialmente da comida macaense e providenciando condições favoráveis para que as tradições alimentares continuem a florescer”, apontou o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura de Macau, Alexis Tam, em comunicado.

Com o sucesso destes esforços, Macau torna-se na terceira Cidade Criativa de Gastronomia na China, depois de Chengdu e Shunde, sendo que a UCCN cobre sete áreas criativas: artesanato e arte popular, design, cinema, gastronomia, literatura, música, artes e media. 

O que são as “Cidades Criativas”?

A Rede de Cidades Criativas da UNESCO foi criada em 2004 para fortalecer a cooperação entre cidades que consideram a criatividade um fator estratégico de desenvolvimento urbano sustentável com impacto social, cultural e económico. Tem 116 cidades-membro oriundas de 54 países diferentes e cobre sete campos criativos: artesanato e arte popular, design, cinema, gastronomia, literatura, música, artes e média.

Algumas das cidades a par de Macau são Chengdu e Shunde (China), Belém e Florianópolis (Brasil), Popayán (Colômbia), Rasht (Irão), Parma (Itália), Zahlé (Líbano), Ensenada (México), Bergen (Noruega), Jeonju (Coreia do Sul), Tsuruoka (Japão), Dénia e Burgos (Espanha), Östersund (Suécia), Phuket (Tailândia), Gaziantep (Turquia), Tucson (EUA). Só este ano, mais oito cidades entraram para o circuito – Macau, Alba (Itália), Buenaventura (Colômbia), Cidade do Panamá (Panamá), Cochabamba (Bolívia), Hatay (Turquia), Paraty (Brasil) e San Antonio (Estados Unidos da América)

Têm quatro objetivos principais:

• Fortalecer a criação, produção, distribuição e divulgação de atividades culturais, bens e serviços;

• Desenvolver conjuntos de criatividade e inovação e ampliar oportunidades para criadores e profissionais do setor cultural;

• Melhorar o acesso e a participação na vida cultural, em particular para grupos e indivíduos marginalizados ou vulneráveis 

• Integrar a cultura e a criatividade em planos de desenvolvimento sustentável.

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Desenvolver a criatividade e a economia

Macau espera que a designação traga um impacto positivo para o desenvolvimento sustentável da cidade, através da sua herança, criatividade e intercâmbio na área da gastronomia. Sendo um reconhecimento a nível internacional, o objetivo não é apenas restringir o impacto desta nomeação às indústrias de restauração, mas também abrir portas para que todos os setores criativos beneficiem do impacto positivo desta iniciativa. 

É esperado que a adesão à rede estimule as entidades de gastronomia intervenientes e agentes de outras áreas criativas a explorarem como é que a culinária e outros aspetos da cultura se podem fundir para diversificar a economia, enfatizou o Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam. O responsável espera que promova ao mesmo tempo mais oportunidades para uma cooperação global com os membros da rede de cidades criativas.

Macau ganha também a oportunidade de colaborar com outras cidades membros da UCCN em diferentes áreas criativas e de realizar iniciativas sinérgicas experimentais, como de gastronomia com cinema, música ou design. 

O Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, não tem dúvidas de que esta nomeação eleva Macau a um outro patamar em termos de posicionamento no turismo global. Além disso, o líder do Governo salientou que, no processo de construção de Macau como Centro Mundial de Turismo e Lazer, a gastronomia e a criatividade são dois aspetos que merecem atenção. “A essência da gastronomia e a cultura gastronómica, únicas da cidade, são  fruto de uma cultura com mais de 400 anos de cruzamento entre o oriente e o ocidente. Os serviços do Governo e os setores desta área devem empenhar todos os esforços na continuidade e divulgação da cultura gastronómica e no reforço da inovação e exploração”, indicou.

História faz de Macau cidade gastronómica de referência

Macau é local único e inigualável para experiências gastronómicas, contribuindo, para isso, a herança gastronómica de mais de 400 anos de convívio entre o ocidente e o oriente,  a oferta gastronómica que há no território (havia 2265 estabelecimentos de restauração em 2016, segundo os dados dos Serviços de Estatística e Censos), e a diversidade dos tipos de cozinha. 

Segundo vários livros e estudos académicos que vêm sendo publicados, a gastronomia macaense tem origem na gastronomia lusa trazida pelos portugueses nos séculos XVI e XVII, que na rota entre Portugal e Macau, recolheram ingredientes em vários portos por onde passavam na Costa de África, no Sudeste Asiático, na Índia, no Japão e na China. Esta posição geográfica privilegiada permitiu a Macau que aos seus portos chegassem uma variedade de ingredientes vindos dos quatro cantos do mundo. A pimenta da Índia, a malagueta da América do Sul e os coentros do Sul da Europa são alguns dos ingredientes utilizados nas cozinhas da terra.

Muitos portugueses casaram com chinesas de Macau (ou naturais de África, Índia e Malaca), o que permitiu que outras técnicas culinárias e ingredientes fossem introduzidos pelas famílias macaenses nos pratos tradicionais portugueses, ao longo dos tempos.

A gastronomia macaense é por isso uma verdadeira panóplia de influências e modos de cozinhar, que junta diversas especiarias, como a canela, o coentro, o cominho, o açafrão, a curcuma ou o loureiro, na procura permanente de reproduzir os hábitos e gostos alimentares das suas memórias. Daí resultaram inovações gastronómicas, criando cozinhas únicas.

Para a investigadora Maria João dos Santos Ferreira, que se debruçou sobre o tema da gastronomia macaense no turismo cultural de Macau na sua tese de doutoramento, “ao promover a gastronomia como produto turístico, contribui-se para a conservação e preservação do seu património e da sua herança cultural, também considerado património cultural intangível”, segundo escreveu num estudo publicado na Revista de Administração em Dezembro de 2016. 

Por todos estes motivos um dos principais atrativos turísticos da cidade é a oferta gastronómica. Além dos diferentes sabores que oferece, os visitantes podem desfrutar de restaurantes de qualidade Michelin – muitos deles com a designação máxima de três estrelas –, assim como podem apreciar uma rica e saborosa oferta de comida de rua a preços acessíveis. 

O Governo de Macau espera que a entrada para a rede das Cidades Criativas da UNESCO “desperte o interesse entre as gerações mais novas sobre a cultura gastronómica, especialmente da comida macaense”. 

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Palavra de especialista

Hugo Bandeira foi um dos primeiros licenciados pelo Instituto de Formação Turística (IFT), em 1998, instituição onde atualmente leciona cadeiras ligadas à gestão do turismo. Especialista em vinhos, é também o gestor da área de alimentação do IFT. Ao PLATAFORMA, o professor acredita que a nomeação da UNESCO faz com que Macau ganhe ainda mais pontos em termos de turismo gastronómico. 

O que faz de Macau uma região tão especial na área da gastronomia?

Macau sempre foi uma terra de confluência de culturas e, como tal, é perfeitamente natural que a gastronomia seja, por um lado diversa, e por outro que se tenha criado uma gastronomia tão particular e especial como é a gastonomia macaense, o expoente máximo aqui no território desse encontro de culturas. Ter nesta cidade um exemplo tão óbvio de uma gastronomia centenária, com influências ocidentais e orientais é, com certeza, de uma riqueza cultural enorme. Além da gastronomia macaense, o facto de se poder degustar pela cidade uma enorme quantidade e variedade de pratos oriundos de quase todos os cantos do mundo, torna Macau uma cidade muito apetecível para o turista gastronómico.

Qual é o significdao da nomeação de Macau como Cidade Criativa na Gastronomia? 

Significa que Macau pode oferecer outro tipo de produto a quem a visita. Afinal não é só jogo e casinos, há possibilidade real de diversificação. Queremos ser uma cidade internacional, com uma oferta diversificada de produto turístico, não podemos depender só da indústria do jogo. Significa também que há agora uma responsabilidade acrescida por parte do Governo e dos operadores da restauração para zelar por esta nova oportunidade. Há que implementar, consolidar e fazer cumprir ainda mais as normas de segurança alimentar. Outro ponto a ter em atenção é a aposta na formação profissional de quadros locais, a nível de serviço de restauração e cozinha. Tem de haver mais incentivos e condições para os jovens, de maneira a que tenham interesse em seguir uma carreira nesta indústria.

O que se pode esperar para o futuro

Para celebrar esta nova designação, o Governo da RAEM irá lançar uma série de atividades de divulgação e sensibilização a nível local e internacional. Várias iniciativas serão também realizadas em diversas frentes, incluindo no reforço da formação profissional, organização de um fórum de gastronomia internacional como evento anual, participação em eventos internacionais de intercâmbio organizados pelas diferentes Cidades Criativas, bem como criar uma unidade de gestão que inclui os setores público e privado para implementar e supervisionar todas as iniciativas e projetos realizados. Todas as ações e iniciativas serão conduzidas em consonância com a missão da UCCN de usar a criatividade como motor para um desenvolvimento urbano sustentável.

Um dos principais impulsionadores desta iniciativa, o secretário para os Assuntos Sociais e Cultura da RAEM, Alexis Tam, aponta que é necessário combinar elementos culinários e inovação cultural, promovendo assim o desenvolvimento das indústrias culturais e criativas.  

Por esse motivo, o Governo acrescentou a cultura gastronómica como o quinto ramo de atividades classificadas na área das Indústrias Culturais de Macau, onde se incluem também o design criativo, exposições e espetáculos culturais, coleção de obras artísticas e média digital. Esta inclusão encoraja a promoção da gastronomia de forma conjunta pelo setor do turismo, estabelecimentos de comidas e bebidas e pelo setor das indústrias culturais e criativas.

Está já prometida pelo Executivo local a criação de um mecanismo para fortalecer a cooperação entre o Governo e a população, de forma a desenvolver as suas potencialidades, bem como impulsionar a implementação das respetivas iniciativas e projetos. Sublinhando que a gastronomia não significa apena vinhos e comida de diferentes proveniências, mas inclui também a gastronomia popular, económica, caseira e comunitária, o Governo de Macau compromete-se a apoiar a criação de um ambiente de cultura gastronómica na comunidade, reforçar a sua promoção e divulgação, com vista a atrair turistas para se deslocarem a diferentes zonas de Macau com o intuito de apreciar a comida típica local, impulsionando assim o crescimento do consumo em diferentes zonas da cidade.

Em termos práticos, o Governo iniciou já os trabalhos relativos à formação dos quadros da área da culinária. No âmbito do ensino não superior, está planeada, pela Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, a construção do centro de ensino técnico-profissional no lote CN6a, terreno destinado para fins educativos. Neste futuro centro haverá uma área de culinária internacional, onde serão disponibilizadas ações de formação. No que toca o ensino superior, o Instituto de Formação Turística (IFT) iniciou os preparativos para a criação de um centro culinário, e pretende também organizar cursos conferentes de grau, cursos para aprendizagem contínua, ações de formação para os profissionais do setor, entre outros, com vista a formar profissionais de qualidade da área culinária.

Alexis Tam afirmou ainda que está convencido de que contando com uma boa cooperação entre o Executivo e a sociedade, particularmente, o setor educativo e diversas indústrias, a classificação de Macau como “cidade criativa em gastronomia” terá perspetivas muito positivas, o que vai contribuir ainda para o desenvolvimento diversificado da economia local e a transformação de Macau num Centro Mundial de Turismo e Lazer.

Photo of Dr  Alexis Tam New

Macau e UNESCO: uma relação bem-sucedida

1995 –  Registo de Macau como membro da UNESCO

São os primeiros esforços para ver a cidade reconhecida pela organização mundial. Uma candidatura que se queria confirmada ainda antes da passagem de Macau para administração chinesa.

1998 – UNESCO promove reunião de jovens asiáticos a fim de serem abordadas questões ligadas ao trabalho voluntário

O interesse da UNESCO em realizar a reunião em Macau foi manifestado por Boyan Radoykov, então especialista da Divisão de Juventude e Actividades Desportivas (DJAD) da UNESCO, durante uma audiência com o antigo secretário-adjunto para a Administração, Educação e Juventude, Jorge Rangel. Boyan Radoykov referiu que a realização do encontro no território “constitui o primeiro projeto concreto de uma cooperação que aquela instituição nas Nações Unidas pretende ter em Macau”, em capítulos ligados à juventude e ao desporto.

2001 – Seminário de S. José conquista o Prémio para a Salvaguarda do Património Ásia-Pacífico da UNESCO

Dentro dos esforços para a organização do reconhecimento do Centro Histórico de Macau como Património Mundial da UNESCO, o Seminário de São José recebe o prémio de distinção na região.

2005 – Inscrição do Centro Histórico de Macau como Património Mundial da UNESCO

O Centro Histórico de Macau inclui um conjunto de edifícios históricos – entre os quais o Templo de A-Má, o Quartel dos Mouros, a Casa do Mandarim, a Biblioteca Sir Robert Ho Tung, o Edifício do Leal Senado, o Templo de Sam Kai Vui Kun ou a Santa Casa da Misericórdia – que narram de forma arquitetónica a coexistência pacífica de chineses e portugueses num mesmo território por mais de 400 anos. No dia 15 de julho de 2005, o Centro Histórico de Macau entrou para a Lista do Património Mundial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e foi designado como o 31º Sítio do Património Mundial da China.
2006 – Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO entra em vigor

A Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO em Macau entrou em vigor em setembro de 2006 a fim de defender a promoção e proteção de todo o inventário classificado pela organização internacional.

2014 – Lei de Salvaguarda do Património Cultural entra em vigor

A Lei de Salvaguarda do Património Cultural entrou em vigor em março de 2014, com o objetivo de proteger o património de Macau do continuado crescimento da cidade, pondo fim a preocupações sobre o futuro dos edifícios classificados.

2017 – Lista mais completa do Património de Macau

As procissões católicas do Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos e de Nossa Senhora de Fátima são a última adesão à lista de património intangível de Macau que inclui diversos items, como por exemplo, o chá medicinal, a ópera cantonense, o teatro em patuá e a gastronomia macaense. A lista tem vindo a aumentar desde 2015.

2017    – “Chapas Sínicas” inscritas no Registo da UNESCO Memória do Mundo

Foi também este ano que a coleção denominada “Chapas Sínicas” foi inscrita no Registo da UNESCO Memória do Mundo. No total são 3.600 documentos e incluem mais de 1.500 ofícios redigidos em língua chinesa, cinco livros de cópias traduzidas para a língua portuguesa de cartas do Leal Senado e quatro volumes de documentos. As Chapas estão atualmente no Arquivo Nacional da Torre do Tombo de Portugal. Para assinalar o reconhecimento da UNESCO vão ser organizadas exposições em Macau, já no próximo ano, e em Lisboa em 2019.

2017 – Macau designada Cidade Criativa da UNESCO em Gastronomia

A 1 de novembro é confirmada a entrada de Macau na Rede das Cidades Criativas da UNESCO na categoria de Gastronomia. Mais um passo no reconhecimento da importância da diversidade cultural de Macau.

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