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Macau aposta na certificação da medicina tradicional

O secretário para a Economia e Finanças de Macau considerou quarta-feira fundamental a certificação e regulamentação da medicina tradicional chinesa e o reforço da promoção da atividade no mundo. 

Lionel Leong falava na abertura do fórum de cooperação de Medicina Tradicional Chinesa, organizado pelo Governo de Macau e pela administração da China de Medicina Tradicional Chinesa, com a coordenação do Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa para a Cooperação Guangdong-Macau. 

Macau, como plataforma para a promoção da medicina tradicional chinesa nos países de língua portuguesa, reuniu neste fórum representantes de Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. 

“A melhoria da certificação desta indústria” vai ser um dos objetivos do governo de Macau nos próximos anos, afirmou o responsável. 

Lionel Leong admitiu ser necessário desenvolver “muito trabalho” para aumentar o “crescimento e importância do setor”, tal como a promoção da medicina tradicional chinesa no mundo, através da Organização Mundial do Comércio e da Organização Mundial de Saúde (OMS). 

A OMS criou em 2015, em Macau, o centro de cooperação de medicina tradicional chinesa, uma plataforma para a região se afirmar na formação de especialistas e na cooperação internacional.

A produção de medicamentos chineses em Macau registou um crescimento pelo terceiro ano consecutivo, com receitas no valor de 48,70 milhões de patacas, de acordo com dados oficiais de 2016. 

Na China, no ano passado, o valor da produção industrial de medicina tradicional foi de 865 mil milhões de yuan, com a sua difusão em 183 países e regiões. 

O comércio externo em termos destes produtos totalizou 4,6 mil milhões de dólares, com a China a registar 3,43 mil milhões de dólares em exportações e 1,17 mil milhões de dólares em importações, disse, durante o fórum, o presidente da câmara de comércio chinesa para a importação e exportação de medicamentos e produtos de saúde, Zhou Hui. 

O responsável sublinhou que, apesar dos bons resultados, a indústria continua a registar uma exportação excessiva de matérias e pouca presença nos mercados externos.  “É preciso criar um padrão próprio e é preciso apostar na inovação, motor de desenvolvimento. A falta de inovação é o maior obstáculo à internacionalização da medicina tradicional chinesa”, sublinhou. 

As empresas chinesas não estão familiarizadas com os sistemas legais internacionais, o que leva algumas firmas a focarem-se no mercado interno, disse.

A “medicina tradicional chinesa está num estádio de reformulação para se lançar no mercado internacional”, garantiu Zhou Hui. 

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