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Regresso às aulas com normalidade após tufão

Seis das 77 escolas da região tiveram de adiar o início de aulas, mas a maioria deu arranque ao ano letivo nas datas previstas.

A passagem do tufão Hato por Macau, no passado dia 23, teve impacto reduzido no arranque das atividades lectivas nas escolas da região, com sete estabelecimentos de um total de 77 a adiarem as cerimónias de início de ano escolar, e seis a adiarem o início de aulas efetivo devido aos estragos provocados pela tempestade tropical, as mais forte nos registos dos serviços meteorológicos locais coligidos há 50 anos. 

De acordo com os dados da Direção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ), a grande maioria das escolas locais deu início às aulas na última sexta-feira, com parte das restantes a pretenderem fazer o arranque letivo até 18 de setembro – quatro casos estão previstos para datas diferentes.

A Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau, com instalações localizadas junto à Ilha Verde e na Avenida Marginal do Lam Mau esteve entre o conjunto de estabelecimentos que sofrearam danos devido à passagem do tufão. Apesar disso, foi possível dar início às aulas na data prevista.

“O infantário, escola primária e escola secundária da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau tiveram a cerimónia de início de aulas no dia 1 de setembro, e tudo correu de forma ideal. O trânsito esteve regular e para além disso foram enviados muitos polícias de trânsito para manter a ordem, sendo que por isso todo o processo correu otimamente. O ambiente escolar também já regressou basicamente à normalidade depois das reparações dos últimos dias por parte dos professores, alunos e pais”, explicou ao PLATAFORMA MACAU Lam Lon Wai, subdiretor da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau.

A tempestade Hato causou nas escolas de Macau diferentes níveis de destruição, sendo que algumas tiveram por isso de adiar o início das aulas. Lam Lon Wai  explica que “os três segmentos da Escola para Filhos e Irmãos dos Operários de Macau (primário, secundário e infantário) sofreram graves danos”, apesar do início normal do período escolar. “A escola primária situa-se na zona tradicional alvo de cheias, e o infantário e escola secundária também foram afetados pela subida da maré. Por exemplo, na escola secundária o nível da água atingiu um metro e meio, aproximadamente a altura de um adulto. As salas de aula no rés do chão, a sala de receção e os gabinetes ficaram todos inundados, e grande parte das instalações no interior, incluindo computadores, ficaram inutilizados”, descreve. Segundo o responsável, a DSEJ solicitou às escolas que “calculassem os danos e que registassem os mesmos de forma fotográfica, não deitando fora os artigos danificados, sendo que existirão medidas de seguimento”.

Em pelo menos um estabelecimento de ensino, a Escola Secundária Pui Ching, foi também necessário assegurar acompanhamento psicológico a um aluno que perdeu familiares na catástrofe na qual dez pessoas morreram. “Os danos sofridos pela escola não são considerados graves. Um dos portões foi destruído e um dos edifícios ficou sem parte do teto e dos vidros, mas atualmente estas situações já foram essencialmente reparadas. Contudo, um aluno recém-formado perdeu os seus familiares no tufão, e a escola sente um enorme pesar pelo sucedido. A escola tem vindo a acompanhar a situação, e alguns grupos estão a fornecer apoio ao aluno em questão. O aluno é uma pessoa com convicções religiosas cujo estado físico e psicológico lhe permitirão suportar a situação”, explicou ao PLATAFORMA Kou Kam Fai, diretor do estabelecimento. 

Kenneth Choi

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