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Fórum Faixa e Rota irá esclarecer muitas dúvidas

Este maio iremos assistir a uma procura por parte da China por soluções viáveis para os problemas enfrentados pela economia global no Fórum para Cooperação Internacional da Faixa e Rota de Pequim, onde líderes de mais de 20 países confirmaram a sua participação.

O fórum, como disse o ministro dos Negócios Estrangeiros Wang Yi, tenciona certificar-se de que a Iniciativa Faixa e Rota de Pequim (a Faixa Económica da Rota da Seda e a Rota da Seda Marítima do Século XXI) proporciona maiores benefícios ao mundo.
Proposta pelo Presidente Xi Jinping em 2013, a iniciativa entra agora no seu quarto ano e possui uma grande importância para a governação global e o esforço internacional de tornar a globalização mais inclusiva. No centro da ascensão económica da China está a conetividade infraestrutural, uma lição significativa que o Fórum Faixa e Rota deverá promover.
A China necessita que os projetos da Faixa e Rota procurem uma cooperação mais próxima com o resto do mundo e incentivem outras economias em desenvolvimento a seguir as vias de desenvolvimento mais adequadas. O fórum deverá deixar isso claro ao aliviar as preocupações sobre a ascensão da China.
O fórum, primeiramente, servirá como uma oportunidade para Pequim explicar o porquê de ter proposto os programas transnacionais e a forma como os irá seguir. A implementação da Iniciativa Faixa e Rota possui o potencial de construir uma economia global inclusiva e fomentar o espírito de reciprocidade numa altura em que a onda da globalização se está a voltar cada vez mais numa direção protecionista, pois a China não só propôs mas também ofereceu planos construtivos para ajudar a restaurar a confiança dos seus parceiros na globalização.
Muito provavelmente, a China dará prioridade a negociações multilaterais como uma peça-chave no puzzle da promoção da Iniciativa Faixa e Rota, possível de sustentar apenas quando existirem mecanismos de cooperação transparentes. O fórum de Pequim deverá responder às questões dos participantes sobre a futura cooperação bilateral e multilateral, e, mais importante ainda, fazer esforços conjuntos para abordar preocupações prementes da comunidade internacional.
Outra missão do fórum é a de reiterar o compromisso da China de construir uma comunidade de destino partilhado através do apoio a propostas de desenvolvimento importantes, em particular a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o acordo das alterações climáticas de Paris.
Inspirada pela ambição das Nações Unidas de alcançar um desenvolvimento partilhado através de mecanismos como a Nova Rota da Seda, a Iniciativa Faixa e Rota possui o potencial de ajudar a cumprir esse objetivo. A China assinou memorandos para facilitar projetos da Faixa e Rota com o Programa de Desenvolvimento da ONU e a Organização Mundial de Saúde, e a sua grande iniciativa também recebeu o apoio inequívoco da ONU, a qual numa resolução no ano passado apelou à adesão de todos os países para protegerem a sua atividade no estrangeiro.
Neste contexto, o Fórum Faixa e Rota para a Cooperação Internacional irá focar-se na recuperação, reequilíbrio, renovação e conetividade da economia global. Quanto ao futuro da Iniciativa Faixa e Rota, ainda existe espaço para a sua atividade, que por enquanto se realizará ao longo das cadeias industriais com base em infraestruturas. O potencial do mercado sul-americano, por exemplo, permanece por aproveitar. Por isso, os céticos em relação à dedicação da China em assumir a sua responsabilidade como grande potência mundial em ascensão deverão ouvir o que o país terá a dizer daqui a dois meses.

Wang Yiwei

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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