Espírito da Grande Marcha tem de continuar

por Arsenio Reis

A Grande Marcha é um processo contínuo, afirmou Xi, que é também o secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China, durante um encontro em comemoração do 80º aniversário da vitória da Grande Marcha.

“Uma nação que esquece o seu passado irá deparar-se com um beco sem saída”, disse.

Em outubro de 1934, centenas de milhares de oficiais e soldados do Exército Vermelho partiram numa jornada de 12.500 quilómetros para romper o cerco das forças do Kuomintang.

Em cerca de dois anos, o Exército Vermelho travou mais de 600 batalhas, atravessou cerca de 100 rios, subiu mais de 40 montanhas íngremes e caminhou por vastas pastagens antes de chegar a Yan’an, na província de Shaanxi do noroeste da China, onde construiu a sua própria base revolucionária.

Xi referiu que a Grande Marcha foi um ponto de viragem notável, da adversidade à vitória, para a causa revolucionária do Partido e da China. Foi tão árdua e penosa que, “em média, morreu um soldado a cada 300 metros nas tropas dianteiras do Exército Vermelho”.

A Grande Marcha foi uma extraordinária expedição de busca de ideais e fé, para atestar a verdade e abrir novos caminhos, afirmou Xi, apelando ao Partido para conservar este espírito na nova era.

Cada geração tem a sua própria “grande marcha” e deve percorrê-la à sua maneira, disse, acrescentando que a “grande marcha” de hoje é a concretização do sonho chinês de rejuvenescimento nacional.

Zhen Xiaoying, professora de estudos do Partido e ex-vice-presidente do Instituto Central do Socialismo em Pequim, disse que o espírito primordial da Grande Marcha é o de defender o idealismo e superar as dificuldades.

Tal espírito deve ser aplicado em todas as esferas sociais e promovido entre as gerações mais jovens que não atravessaram tempos difíceis, referiu.

“A China enfrenta atualmente muitos desafios”, acrescentou Zhen. “O espírito da Grande Marcha tem um grande valor nesta nova era. Não está desatualizado, mas deve ser herdado.”

O Diário do Povo, jornal oficial do Partido, afirmou num editorial  que o Partido enfrenta agora diversas tarefas, como a construção de uma sociedade próspera, o aprofundamento da reforma, a preservação do império da lei e a governação rigorosa do Partido.

“As “provas” dos membros do Partido estão longe de ter terminado. A Grande Marcha está sempre em andamento.”

Grande Marcha é um “monumento majestoso”

O presidente chinês Xi Jinping louvou a Grande Marcha como um “monumento majestoso” na história do grande rejuvenescimento da nação chinesa.

A Grande Marcha foi um ponto de viragem notável, da adversidade à vitória, para a causa revolucionária do PCC e da China, após o qual o PCC lançou a luta pela independência nacional e pela libertação do povo, afirmou Xi.

Xi aclamou a Grande Marcha como uma “extraordinária expedição” de busca de ideais e fé, para atestar a verdade e abrir novos caminhos. A sua vitória significa a vitória do ideal e da fé dos Comunistas Chineses, assim como a sua orientação e caminho.

Tendo experienciado a Grande Marcha, o PCC percebeu que apenas através da combinação dos princípios fundamentais do Marxismo-Leninismo com as condições reais da revolução chinesa poderia ser capaz de resolver de forma independente alguns dos grandes problemas na revolução, e assim levar a causa revolucionária à vitória, disse Xi.

Xi sintetizou o “espírito da Grande Marcha” como a busca da verdade a partir dos factos, o respeito rigoroso à disciplina, a consciência dos interesses gerais, a solidariedade e o ato de confiar firmemente nas massas e de juntos atravessarem ventos e marés. 

Grande Marcha de “milagre humano”, “epopeia”

O presidente chinês Xi Jinping disse que a Grande Marcha foi “um grande feito na história humana”, uma “epopeia” e um “milagre humano”.

Xi disse que a Grande Marcha do Exército Vermelho, repleta do espírito do idealismo e dedicação, se tratou de uma “epopeia humana composta por vontade e coragem” e “uma epopeia dos incansáveis esforços da humanidade em busca da verdade e da claridade.”

Xi referiu que durante a Grande Marcha os oficiais e soldados do Exército Vermelho travaram mais de 600 batalhas, atravessarem cerca de uma centena de rios, subiram mais de 40 montanhas íngremes e caminharam por vastas pastagens.

Com a sua firme vontade, superaram os limites físicos do ser humano, representaram um episódio dramático na história militar mundial e alcançaram um glorioso milagre humano, afirmou Xi.

A Grande Marcha nunca termina

O presidente Chinês Xi Jinping apelou a que seja preservado o espírito do Exército Vermelho Chinês na Grande Marcha de há oito décadas atrás e que seja percorrida “uma nova grande marcha.”

 “Uma nação que esquece o seu passado irá deparar-se com um beco sem saída”, disse Xi.

“Independentemente da fase em que se encontra a nossa tarefa e da dimensão das nossas conquistas, devemos conservar o espírito da Grande Marcha e percorrer “uma nova grande marcha””, acrescentou.

Durante o processo, Xi referiu que o ideal elevado do comunismo e o ideal comum do socialismo com características chinesas devem ser defendidos.

Xi apelou ao povo para abandonar a complacência, a ideia de procurar conforto e a relutância em trabalhar arduamente ou seguir em frente.

Cada geração tem a sua própria “grande marcha” e deve percorrê-la à sua maneira, disse Xi.

“Hoje, a nossa “grande marcha” é a de concretizar os “dois objetivos centenários” e o sonho chinês de rejuvenescimento nacional”, acrescentou Xi.

Exército forte e tropas firmes

O presidente chinês Xi Jinping apelou à construção de uma defesa nacional sólida e de forças armadas fortes que sejam proporcionais ao estatuto internacional e aos interesses de segurança nacional e desenvolvimento da China.

Xi observou também que a liderança absoluta do Partido sobre as forças armadas é a garantia fundamental da vitória do exército.

“Construir um país forte exige esforços de construção de um exército forte, e apenas com um exército forte pode o país ser protegido”, afirmou Xi.

O presidente apelou a que sejam feitos esforços para cultivar uma nova geração de militares chineses que sejam “soldados com alma, de alto calibre, coragem e virtude”, e para construir tropas firmes como uma rocha com “uma natureza de ferro nas suas crenças, convicção, disciplina e dedicação.”

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