Denunciados esforços para semear a “discórdia”

por Arsenio Reis

A maioria dos países na reunião de Laos tiveram uma atitude positiva em relação à segurança marítima, afirma Pequim.

A China opõe-se veementemente ao facto de alguns elementos de regiões exteriores terem “semeado a discórdia” sobre a questão do Mar do Sul da China durante a 11º Cimeira da Ásia Oriental, afirmou um alto diplomata chinês em Laos.

O vice-ministro dos negócios estrangeiros, Liu Zhenmin, disse aos repórteres que, durante a cimeira, todos os países da ASEAN apoiaram os avanços positivos feitos pela China e a ASEAN na questão do Mar do Sul da China.

“A maioria dos países, 16 do total de 18 nações, mencionaram a segurança marítima de uma forma positiva”, afirmou Liu, acrescentando que a posição da China de resolver disputas através do diálogo e negociação tem sido amplamente reconhecida e apoiada.

No entanto, Liu referiu que apenas dois países extraterritoriais entre os 18 países da cimeira mencionaram a decisão arbitral do Mar do Sul da China durante a reunião, o que Liu descreveu como um ato de “auto-isolação”.

O diplomata fez as observações após a Cimeira da Ásia Oriental de duas horas e meia que foi realizada em Vientiane.

A cimeira contou com a presença de 18 países: os 10 estados membros da ASEAN, seis parceiros de diálogo (China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Austrália e Nova Zelândia) e os Estados Unidos e a Rússia como novos elementos.

O primeiro-ministro Li Keqiang esteve presente na cimeira e discutiu várias questões regionais fulcrais com outros líderes.

Nas suas observações iniciais, o presidente norte-americano Barack Obama disse que a recente decisão arbitral do Mar do Sul da China era “vinculativa” e que “ajudou a clarificar os direitos marítimos na região”. Obama afirmou ter percebido que a decisão provocou tensões.

O Tribunal Arbitral de Haia efetuou em julho uma decisão relativamente à disputa do Mar do Sul da China num caso contra a China que foi iniciado de forma unilateral pelas Filipinas, sob o governo do anterior presidente Benigno Aquino III.

A China já reiterou que a decisão é ilegal e afirmou que não irá aceitar qualquer proposta ou ação baseada nessa decisão.

Manila, sob uma nova presidência que teve início em julho, é a favor de diálogos diretos com a China para resolver a disputa.

Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, disse no dia 8 que a China se opõe a qualquer tentativa de instigar problemas na questão do Mar do Sul da China por parte de forças exteriores à região.

Zhu Feng, diretor executivo do Centro Chinês para Estudos Colaborativos do Mar do Sul da China na Universidade de Nanjing, disse que “a intervenção de países fora da região está a tornar as disputas do Mar do Sul da China num confronto geopolítico”.

Hu Yongqi e An Baijie

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