Um Euro à defesa

por Arsenio Reis

Foi com enorme prazer e honra que aceitei o convite do “Jornal de Notícias” para acompanhar a participação da Seleção Nacional no Euro 2016. Tenho especial carinho por um jornal com o maravilhoso sotaque do Norte. Claro que todos os outros sotaques do nosso país também são belíssimos e têm dentes espetaculares, etc. Queremos começar bem isto, não é?

Como não sou pessoa de meias-tintas, vou já direto à grande questão. Pode Portugal vencer o Euro 2016? Eu acredito que sim. Aliás, tenho quase a certeza de que isto vai ser nosso, e até posso anunciar, em primeira mão, que o indivíduo que apostou que o Leicester ia vencer a Premier League foi visto, ontem à noite, a apostar no Éder para melhor marcador do Europeu. A única seleção que eu temo, no Euro 2016, é a do Daesh. É uma pena não conhecermos os selecionados, porque podíamos ir esperá-los ao aeroporto.

Do meu ponto de vista, este Euro 2016 vai ser dominado pela segurança. Um Europeu na retranca. Muito parecido com o Chelsea, antes de Mourinho ser despedido. O maior problema na segurança do Euro, em França, é conseguir distinguir os jogadores com barba de lenhador dos radicais muçulmanos. Só não consigo entender a preocupação com a possibilidade de um atentado dos radicais muçulmanos ao Ronaldo, quando ele passa a vida em Marrocos em sítios bem manhosos.

Agora, chegou a altura de apoiar os 19 gestores da Caixa Geral de Depósitos e os 23 jogadores da nossa seleção; por ordem decrescente de ordenados. Na verdade, nos últimos 10 anos, nunca os selecionados portugueses foram tão motivados. Esta é a primeira seleção nacional, em muito tempo, que não teve de ir almoçar com Cavaco Silva. Faz muita diferença. Aliás, basta ver parte do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa aos jogadores, antes da partida para França, para se perceber como o discurso faz mais sentido: “Que se lembrem das portuguesas que estão a vibrar…” É talvez das melhores frases de sempre para motivar uma seleção de futebol.

Vamos a eles, vai ser um Euro em que, devido aos emigrantes, Portugal quase joga em casa. É uma oportunidade única, sabendo que Marine Le Pen pode vencer as eleições presidenciais de 2017.‭ ‬

João Quadros

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