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SOUTO DE MOURA E SIZA VIEIRA FIZERAM UMA “JANGADA DE PEDRA”

 

A peça será em exibida durante uma mostra de criação contemporânea ibérica, no mês de Março, em Washington.

Os arquitetos Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira são os autores de uma instalação chamada “Jangada de Pedra” que estará em exibição durante uma mostra de criação contemporânea ibérica, em Washington, no mês de Março.

A instalação é uma iniciativa do Arte Institute, com o patrocínio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), e estará exposta em frente ao John F. Kennedy Center for the Performing Arts, o centro cultural nacional dos EUA.

“É um grande orgulho para o Arte Institute ter o arquiteto Souto Moura e o arquiteto Siza a trabalharem nesta instalação, um desafio contra-relógio que demonstrou não só o seu talento e profissionalismo, como a sua generosidade e entrega”, disse a presidente do Arte Institute, Ana Ventura Miranda.

Durante três semanas — de 3 a 24 de Março de 2015 —, o Kennedy Center acolherá uma mostra cultural intitulada “Iberian Suite: Arts Remix Across Continents”, um evento de divulgação da cultura de Portugal e Espanha, que contará com a participação de artistas da lusofonia e da América Latina.

Além da instalação dos dois arquitectos vencedores do Prémio Pritzker, construída em pedra doada pela empresa Solancis e inspirada no livro de José Saramago com o mesmo nome, outras instalações estarão expostas durante o evento. Uma delas é um eléctrico de cortiça em tamanho real, criado pelo artista plástico e designer Nuno Vasa, que transporta a “Mensagem”, de Fernando Pessoa, e estará em exposição no Hall of Nations, uma das entradas do centro.

Na outra entrada — Hall of States — estará uma instalação em pedra em que se exibem manequins do mundo inteiro, inspirados em temas portugueses e espanhóis e que terá a presença dos designers portugueses Storytailors.

“Os espectáculos são muito importantes, mas duram apenas um dia. As instalações estão presentes desde que as portas abrem até que fecham. Três delas estão situadas nos dois ‘halls’ de entrada e na frente do edifício. Qualquer pessoa que entre, seja para assistir a um espetáculo ou para passear, vai ter que se deparar com Portugal”, explicou Ana Ventura Miranda.

 

A HISTÓRIA DO PAÍS

 

O fadista Camané, a companhia Mundo Perfeito e o escritor Gonçalo M. Tavares serão alguns dos outros convidados desta mostra. Na cerimónia de abertura, a 3 de Março, estarão a fadista Carminho, a companhia brasileira de dança Grupo Corpo, o saxofonista moçambicano Moreira Conguiça, Eugenia León (México), Arakaendar Choir and Orchestra (Bolívia/Reino Unido) e os bailarinos Ángel and Carmen Corella (Espanha).

No jantar inaugural do evento será ainda apresentado o trabalho de Pedro Zaz que, a convite do Arte Institute, desenvolveu uma apresentação vídeo inspirada nos padrões da Vista Alegre que conta a história e presença dos portugueses no mundo.

Do programa cultural faz ainda parte, por exemplo, a interpretação das peças “Ode Marítima”, por Diogo Infante e João Gil, “Contos em Viagem – Cabo Verde”, pelo Teatro Meridional, “Três dedos abaixo do joelho” e “By Heart”, da companhia Mundo Perfeito, e “What I heard about the World”, pela Mala Voadora, com a companhia inglesa Third Angel. Estão previstos ainda concertos de Carminho e Camané, acompanhados pela National Symphony Orchestra, assim como Rodrigo Leão, Sofia Ribeiro, Luísa Sobral, The Gift e António Zambujo.

O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, fará um retrato de Fernando Pessoa, a partir de páginas de livros do poeta, e Manuela Pimentel irá apresentar um projeto visual a partir do azulejo português.

 

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