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MTel QUER OFERECER SERVIÇO INTEGRADO DE INTERNET, TELEFONE E VÍDEO

 

A MTel, a primeira concorrente da CTM no mercado da rede fixa de telecomunicações, vai oferecer em breve serviços de Internet e espera conseguir licenças para, no futuro, poder oferecer um serviço integrado de Internet, telefone e vídeo.

 

A MTel, que tem cinco acionistas, nomeadamente quatro de Macau e um de Hong Kong, começou esta semana a oferecer um serviço de linhas especiais dedicadas a dados, disponibilizará em breve o acesso à Internet, concorreu a uma licença 4G e aguarda a abertura de concursos para telefone fixo e vídeo, com a meta de oferecer um serviço integrado.

“Se lançarem um concurso só para telefone fixo, nós vamos concorrer, se lançarem um concurso para uma licença de serviços de vídeo [incluindo televisão], vamos concorrer, e se lançarem um concurso conjunto, também vamos concorrer”, afirmou o presidente da MTel, Michael Choi, em declarações ao Plataforma Macau.

Ao defender que o público “tem o direito de usufruir de serviços de dados, voz e vídeo num só dispositivo”, Michael Choi adiantou que a empresa tem como objetivo oferecer futuramente pacotes de serviços integrados com base no pagamento de um depósito e com um preço base, sendo que a fatura será conjunta para Internet, telefone fixo e móvel e vídeo.

A operação da rede fixa de telecomunicações da MTel, a primeira concorrente da CTM neste mercado, é, segundo o seu presidente, “um serviço sobretudo para empresas, como bancos, operadoras de jogo e governo”, já que em causa está a Intranet, o transporte de dados. Cerca de 20 empresas testaram gratuitamente este serviço da nova operadora, que espera agora vir a angariar como clientes.

A MTel prevê disponibilizar também em breve serviços de Internet. “Já estamos prontos para oferecer estes serviços, através de cabos de fibra ótica, em mais de 30% do território, em Macau, na Taipa e em Coloane, aguardamos só a aprovação do Governo nas próximas semanas”, apontou Michael Choi.

O presidente e CEO da MTel adiantou que a estratégia de angariação de clientes da empresa passará pela oferta de “serviços de qualidade, a uma velocidade mais rápida, com uma rede mais segura e preços mais baixos”. “A nossa vantagem é o facto de toda a nossa rede ser de fibra ótica e vamos também oferecer melhores preços, entre 10 e 20% mais baixos” do que os que são atualmente praticados pela CTM, salientou o responsável.

No que se refere à velocidade, Michael Choi realça que se os “servidores de certos sites estiverem fora de Macau, a velocidade com que o utilizador consegue aceder aos mesmos não depende da MTel, podendo ser mais lenta”, mas garante que “em Macau não haverá limitações”.

 

MAIS DE 20 “FORNECEDORES” DE INTERNET

 

De acordo com o presidente da MTel, há mais de 20 empresas de Macau registadas com o direito de fornecer serviços de Internet. “Mas só uma o faz de facto, a CTM”, constatou Michael Choi, considerando que essas empresas “ainda não acordaram” e que poderão interessar-se em começar a operar no mercado com o início da atividade da MTel.

“Antes de a MTel lançar a rede de fibra ótica, talvez essas empresas tenham considerado que o investimento que teriam de fazer para fornecer serviços de Internet era muito elevado, pois estavam dependentes da rede fixa”, ou seja, da CTM, e agora também da MTel. Michael Choi tem, assim, a expectativa de que a concorrência que a sua empresa traz ao mercado leve “mais empresas a interessarem-se por fornecer serviços de Internet” e que para isso procurem parcerias com a MTel.

A concorrente da CTM tem hoje uma cobertura de cerca de 30% do mercado local, no final do próximo ano terá de atingir entre 50 e 55%, no final de 2016 terá de ter uma cobertura de 70% e, em 2018, quase 100% do território. “A nossa quota de mercado estará dependente da nossa cobertura”, apontou o CEO.

Ao sublinhar que existem preocupações em Macau em relação à gestão do negócio da MTel, Michael Choi disse acreditar que “Macau, nos próximos anos, vai continuar a desenvolver-se economicamente e isso fará com que o mercado seja maior”. “Nós procuramos uma parte desse mercado, por isso não nos consideramos como verdadeira concorrência da CTM, pois há espaço para todos. É como no setor do jogo, Stanley Ho estava antes sozinho, mas depois da liberalização o mercado aumentou e todos conseguiram beneficiar”, comparou. Para o presidente da MTel, as duas empresas “conseguirão obter boas receitas no futuro e a vantagem de serem duas é que as pessoas ganharão melhores serviços”.

 

À ESPERA DO TELEFONE

E VÍDEO

 

A MTel espera que o Governo lance “muito em breve” um concurso para atribuir licenças para o serviço de telefone fixo, no qual “está muito interessada”, segundo afirmou ao Plataforma Macau o presidente, Michael Choi.

Enquanto este processo não avança, a empresa aguarda os resultados do concurso para a atribuição de licenças 4G, no qual participa com a U Hong Communications Limited, a principal acionista da MASTV, que deverão ser anunciados no primeiro trimestre de 2015.

Ao recordar que a “licença da TV Cabo terminou em abril”, Michael Choi exorta o Executivo a “lançar um concurso o mais depressa possível para atribuir uma licença semelhante de modo a que o público possa beneficiar de serviços modernos de vídeo”. “Os serviços de vídeo, dados e voz estão relacionados e integrados na prática, então por que é que o Governo só pondera lançar mais tarde o concurso?”, questionou o empresário. Quando o concurso abrir, “claro” que a MTel está interessada em entrar na corrida, acrescentou.

A MTel aguarda a luz verde das autoridades para abrir as portas da sua primeira loja em Nam Van, planeando abrir seis a sete nos próximos sete anos.

 

Patrícia Neves

 

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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