Maior investimento na formação de investigadores científicos e valorização dos recursos humanos para a sustentabilidade de África.
A proposta foi avançada pelo secretário de Estado para Ciência e Tecnologia, de Angola, João Sebastião Teta, numa intervenção sobre o “O Modelo verde de desenvolvimento africano”, no II Fórum Ministerial sobre Ciência Tecnologia e Inovação em África, que decorreu na Academia de Ciências de Rabat, em Marrocos. O secretário de Estado adiantou que Angola espera ter, até 2020, 140 PHD em ciência e tecnologia, 20 destes em ciências ambientais, e outros para as áreas de investigação cientifica não universitárias, programa que deverá iniciar em 2015, com o apoio da UNESCO.
João Teta sublinhou ser preciso consciencializar as novas gerações que só se faz ciência ou investigação com paz, lembrando a “dura experiência de Angola no período de guerra, as acções que se realizam hoje num clima favorável”, assim como as parcerias com países da SADC para melhor racionalização do uso da água.
Sobre esta última questão, reconheceu, no entanto, haver ainda um grande trabalho de “Devemos fazer um esforço para eliminarmos todos aqueles aspectos, às vezes culturais, que não são consentâneos com a ordem, disciplina e rigor inerentes à investigação cientifica, desenvolvimento tecnológico e Inovação”, disse.
Em sua opinião, o ensino é fundamental para a formação de investigadores e inovadores para os sistemas de investigação cientifica de África, pelo que deve basear-se também em princípios humanos para que os quadros estejam comprometidos com o desenvolvimento, tendo sempre em atenção a resolução dos problemas da sociedade.
O fórum encerrou com assinatura da Declaração de Rabat sobre Ciência, Tecnologia e Inovação em África e o compromisso dos parceiros em unir sinergias para uma maior integração regional e optimização dos recursos, no sentido de passarem para acções concretas que dignifiquem o continente e propiciem um desenvolvimento acelerado e sustentável.