ESTUDANTES VÃO TER ASSOCIAÇÃO

por Arsenio Reis

 

P.M. – O ano letivo começou há pouco menos de um mês. As instalações mantêm-se, projetam-se remodelações? 

M.M. – Naturalmente que irão haver remodelações, mas ainda não estão definidas quais serão. Isto ainda carece de algumas reuniões de trabalho, nomeadamente a nível do conselho de administração, reuniões de trabalho com a associação de pais e com a DSEJ. Só depois de estabelecido entre todas as partes aquilo que se pretende é que podemos avançar para as obras mais de fundo.

 

P.M. – Vê como pertinentes as queixas da associação dos pais, quando fala na necessidade de novas salas de aulas, de uma cantina e um pavilhão com melhores condições?

M.M. – Os encarregados de educação obviamente que querem o melhor para os filhos e nós também queremos o melhor para os nossos alunos. As instalações ao longo do tempo vão-se desgastando e, naturalmente, precisam de melhorias, de obras de melhoramento e substituição e é por aí que se vai procurar caminhar.

 

P.M. – A presença de um técnico de ensino especial a tempo inteiro é uma das novidades deste ano letivo. Quantos alunos precisam deste acompanhamento? 

M.M. – Temos neste momento 16 alunos com necessidades educativas especiais.

Desde que foi criada, e Escola Portuguesa tem uma psicóloga e a possibilidade de termos um professor especializado no ensino especial permite-nos agora dar uma outra atenção aos alunos com necessidades educativas especiais na medida em que podemos acompanhá-los noutras valências, o que até aqui não era permitido fazer. Digamos que o acompanhamento é mais completo e penso que isso será de salutar.

A psicóloga tem o seu trabalho com as suas valências e o professor de ensino especial também. O que é importante é que as duas se complementam. O apoio é dado em horário extracurricular ou intracurricular. Há horas em que o professor pode acompanhar quer dentro quer fora das aulas, consoante as necessidades que os alunos apresentem.

 

P.M. – Para este ano letivo existem novos projetos?

M.M. –  A Associação de Estudantes na EPM está a organizar-se e nós estamos obviamente a dar todo o apoio. Vamos ver se vai para a frente, os alunos estão interessados, já têm instalações e os estatutos também já estão em andamento.

Também queria realçar que a Escola Portuguesa vai continuar a desenvolver este ano um conjunto de projetos que só são viáveis devido ao apoio da DSEJ. Este ano, esse apoio anda à volta dos seis milhões de patacas, o que é muito significativo para podermos concretizar uma série de projetos, que  atravessam variadíssimas áreas como por exemplo o teatro, a Oficina do Ábaco, o Laboratório de Matemática ou o apoio às próprias salas de estudo.

 

P.M. – Todos os anos é publicado um ranking das escolas portuguesas espalhadas pelo mundo. No ano letivo 2012/2013 Macau perdeu o lugar para Luanda. Já há novidades em relação ao último ano letivo? 

M.M. – Ainda não tive acesso aos dados mais recentes.

 

P.M. – A EPM tem projetos com estas escolas?

M.M. – De momento não. Temos boas relações com outras escolas de língua portuguesa, nomeadamente com a Escola Portuguesa de Timor e de Moçambique, mas não há nenhum projeto em curso entre as escolas.

 

P.M. – Nem está a ser pensado?

M.M. – Eventualmente poderá vir a ser desenhada qualquer coisa, mas ainda é prematuro falar nisso. Agora, posso dizer-lhe que tinha todo o gosto que a Escola Portuguesa de Macau estabelecesse relações mais próximas com as outras escolas portuguesas espalhadas pelo mundo. Aliás, gostava até que um dia, se fosse possível, houvesse um encontro entre estas escolas para trocarem impressões, nomeadamente sobre a realidade vivencial de cada uma das escolas, sobre as culturas em que elas estão inseridas, sobre as diferenças e semelhanças que existem e quais os projetos em que apostam. Penso que seria interessante e enriquecedor para todas as partes.

 

Catarina Domingues

 

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