PROIBIDO ÓLEO ALIMENTAR DE TAIWAN

por Arsenio Reis

 

O Governo de Macau proibiu esta semana a venda de um óleo alimentar produzido em Taiwan que terá sido adulterado na origem, nomeadamente com matérias-primas de má qualidade como gorduras.

De acordo com uma nota oficial, a empresa Chang Guann Co., Ltd., de Taiwan, produziu o óleo com recurso a gordura de má qualidade que foi derretida e transformada em óleo.

As autoridades de Taiwan informaram que a gordura de má qualidade é obtida através de vários processos como pela utilização de “óleos adulterados obtidos de remanescentes de comidas das pensões e restaurantes, gordura de má qualidade proveniente da transformação em óleo de vísceras de porcos, pele dos porcos e reutilização e transformação de óleo usado para fritar os alimentos através da adição e mistura de um óleo novo”.

“Como os ingredientes resultantes da “gordura de má qualidade” são desconhecidos, o risco para a saúde que a utilização destes produtos envolve também é desconhecido. No entanto há toxinas que merecem atenção como a aflotoxina, benzo pireno”, refere um comunicado dos Serviços de Saúde de Macau.

Por um lado, as aflotoxinas “são um grupo de micotoxinas produzidas por muitas das espécies do fungo Aspergillus e podem ser detetadas nos cereais, especialmente em arroz, soja, amendoim e o seu consumo durante um longo período de tempo pode causar danos no fígado e tumores”, enquanto o benzopireno “é um potente agente cancerígeno, presente normalmente no carvão (…) e o consumo prolongado pode aumentar o risco de cancro”, refere a mesma nota.

Os Serviços de Saúde salientam não existirem razões de alarme para a população porque “é reduzida” a possibilidade de haver uma intoxicação aguda causada pela ingestão diária de alimentos com as substâncias nocivas”, mas alertam para a necessidade de atenção e para consulta imediata junto de um clínico no caso de indisposição após ingestão de produtos que possam ter sido produzidos com este tipo de óleo.

Entretanto, em declarações aos jornalistas, o chefe do Executivo, Fernando Chui Sai On, sublinhou que o mais importante para o Governo “é garantir a saúde dos residentes e visitantes e a segurança dos produtos alimentares” acompanhando eventuais problemas e prestando toda a informação necessária.

Chui Sai On acrescentou ainda que as autoridades locais estão atentas à situação e que o Centro de Segurança Alimentar “vai continuar a acompanhar o caso, garantindo a recolha de informações e respetiva divulgação ao público sob o princípio de elevada transparência e contactos bilaterais”.

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