NUNCA É TARDE PARA IR À TROPA

por Arsenio Reis

 

Uma idosa da aldeia de Nossa Senhora do Pranto vive uma história de ir às lágrimas. De riso, é certo, mas que o futuro pode transformar em drama. Hermínia Salteiro, de 64 anos, foi convocada pelo Ministério da Defesa para estar presente no Dia da Defesa Nacional, a 30 de Setembro, no Campo Militar de Santa Margarida (Abrantes). Quando abriu a carta, no início de Agosto, e leu a chamada para se juntar a um grupo de jovens de 18 anos, só se riu. A risota estendeu-se aos vizinhos, a quem contou o sucedido, mas a preocupação instalou-se entretanto, porque o assunto continua pendente. A filha depressa tomou conta da situação e levou a carta ao Ministério da Defesa, exigindo explicações. Pediram-lhe fotocópia do cartão de cidadão, a fim de comprovar de que se trata de um engano. Desde aí a família aguarda por informações. À medida que os dias passam e que o ministério nada faz para corrigir o erro, Hermínia sente- se cada vez mais nervosa, porque sabe que se faltar à chamada terá de pagar uma multa, entre os 249,40 e os 1247 euros. “Então se eu ainda não recebi nada e se nada receber, lá terei de ir na camioneta para Abrantes. Vão rir-se de mim, mas o que hei-de fazer?”

 

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