CHUI SAI ON EM MARCHA

por Arsenio Reis

 

O candidato único a chefe do executivo iniciou a campanha para a sua reeleição, apresentando diversas propostas e fazendo as habituais promessas eleitorais. Um resumo do discurso eleitoral de Chui, numa campanha à moda de Macau – isto é, passada entre as associações que formam o reduzido universo que elege o chefe do executivo da RAEM.

 

Made in Macau e made in China

Em declarações proferidas num colóquio com associações do setor económico e veiculadas pelo canal chinês da Rádio Macau, Chui Sai On defendeu que a promoção dos produtos locais seja estimulada pela sua presença nos hotéis e nos casinos da RAEM. E, como vem sendo habitual, anunciou a criação de um grupo no governo para analisar a questão. Acho que é mais fácil através de medidas administrativas impulsionar os produtos através do governo. No que diz respeito ao impulsionamento junto das empresas de jogo, deveá existir um grupo no Governo para analisar o assunto”, disse. O candidato manifestou-se ainda favorável a que Macau acolha os produtos feitos na China e que se destinam ao mercado da lusofonia, cumprindo, assim, o seu papel de plataforma entre os dois blocos.

 

Violência doméstica

“O esboço da Lei de Combate à Violência Doméstica tem sido discutido na sociedade e o governo estudará ativamente a fronteira entre o crime público e semi-público”, disse o candidato, num encontro na Federação dos Operários de Macau.

 

Zona A “não será trágica”

O candidato afastou receios de um superpovoamento na Zona A, nos novos aterros, em virtude de para ali estar prevista habitação pública. “A facto da zona A ter no futuro habitação pública não significa que não será uma zona adequada para viver. Espero que as questões de trânsito, infraestruturas e espaços sociais e de lazer possam satisfazer as necessidades, porque já aprendemos com outras experiências”, disse Chui.

A zona A, a poente da península de Macau, na área onde se situará a ilha artificial resultante da construção da ponte em Y, destina-se a  comércio e habitação, com as instalações de infraestruturas, parque de beira-mar, instalações públicas e sociais e solos de aproveitamento para desenvolvimento de indústrias diversificadas, segundo o seu plano urbanístico, aprovado em 2009.

 

Serviços de Saúde

O candidato à sua reeleição reconheceu que a população não confia nos serviços de saúde e disse lamentar a situação. “Apelo a que haja confiança nos Serviços de Saúde, disse Choi, citado pelo Hoje Macau.

 

Licença de paternidade

Na Associação Geral das Mulheres de Macau, interpelado por um futuro pai que petendia ter direito a licença de paternidade, o candidato concordou com a sugestão, mas a sua concretização não será para já. “Se os homens puderem ter uma licença para cuidar das suas esposas, a situação ficará melhor”, disse. Mas ressalvou: “Quanto às mudanças na licença, é preciso discussão e a realização de uma consulta pública. Acredito que nos próximos um ou dois anos possa começar a discussão da Lei das Relações de Trabalho”.

 

Liberdade de imprensa

“Sempre respeitei os media e a liberdade de imprensa. Nunca pedi aos media para informar sobre algum coisa”, disse, veemente, o candidato, a propósito de uma polémica que o dava a sugerir que meios de comunicação social deviam “dar mais informações sobre as pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade”. Chui Sai On desmentiu ter proferido a afirmação.

 

Revitalização dos edifícios industriais

O processo não está a ir bem, queixaram-se representantes de setores económicos e admitiu o próprio chefe do executivo. “Falando francamente, só me apercebi que a revitalização dos edifícios industriais é difícil depois de rever todos os trabalhos e documentos já produzidos. Temos que tomar as referências de outras regiões para transformar estes edifícios para uso industrial e de comércio, para oferecer mais escolhas e um melhor ambiente de negópcios”, disse Chui, citado pelo Macau Business Daily.

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