O vice-ministro das Finanças da China, Wang Bao’an, defendeu esta semana em Maputo a aposta na educação e agricultura como base de desenvolvimento e redução da pobreza em Moçambique.
Falando na abertura do 6.º Workshop de Cooperação Sul-Sul sobre o Desenvolvimento Rural e Redução da Pobreza, o governante reiterou o compromisso da China com Moçambique e o desejo de investir em infraestruturas, sobretudo vocacionadas para aqueles dois setores.
“Atualmente, o desenvolvimento de África depende acima de tudo da evolução na educação e depara-se com muitos desafios na segurança alimentar”, afirmou Wang, na cerimónia de abertura do evento promovido pelos governos chinês e moçambicano e pelo Fundo de Desenvolvimento de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA).
Esta edição do workshop é a primeira que se realiza fora da China, tendo Moçambique sido escolhido para acolher a iniciativa como forma de assinalar o desenvolvimento que o país tem conhecido nos últimos anos, além do bom momento das relações entre Maputo e Pequim.
Segundo o vice-ministro chinês, a sua presença na capital moçambicana destina-se também a fazer “uma avaliação do alcance da cooperação entre Moçambique e China e analisar os resultados”. Na mesma ocasião, o ministro da Planificação e Desenvolvimento moçambicano, Aiuba Cuereneia, disse que, com este workshop, Moçambique pode adquirir conhecimentos sobre políticas e técnicas agrícolas adaptáveis ao país, onde predomina ainda a agricultura de subsistência, o que conduz ao desafio de converter a estrutura de produção e garantir a segurança alimentar, o desenvolvimento económico e o bem-estar das populações.
O FIDA é uma agência das Nações Unidas especializada no financiamento de projetos agrícolas nos países em desenvolvimento.
“Uma das bases do desenvolvimento é trabalhar com vários países desenvolvidos, com destaque para a China, com vista a fortalecer mecanismos que combatem a pobreza, afirmou hoje em Maputo o vice-presidente da instituição, John McIntire.
O Workshop de Cooperação Sul-Sul sobre o Desenvolvimento Rural e Redução da Pobreza prolonga-se até sexta-feira, com a presença de 14 países africanos.