O ministro dos Petróleos angolano, José Maria Botelho de Vasconcelos, reafirmou esta semana o objetivo do Governo em atingir a marca dos dois milhões de barris de petróleo produzidos por dia no país, mas admitiu “ajustamentos”.
Os dois milhões de barris de petróleo é uma marca traçada para o próximo ano, mas nos últimos meses – segundo os analistas devido a dificuldades técnicas e à redução de reservas em alguns poços -, a produção até tem vindo a diminuir. As exportações de petróleo de Angola caíram 9,6% de janeiro a maio deste ano, para 237,4 milhões de barris, registando a maior queda desde 2011. A produção média nos primeiros cinco meses do ano ficou assim ligeiramente abaixo dos 1,6 milhões de barris por dia.
“O objetivo é atingirmos os dois milhões [de barris de petróleo por dia], vamos ver. De vez em quando temos de fazer ajustamentos e aplicar os programas de desenvolvimento ajustados. E esses ajustamentos poderão estar próximos dos dois milhões, mas o objetivo é esse”, reafirmou Botelho de Vasconcelos.
O ministro dos Petróleos recordou a “habitual tolerância de 10 por cento” nesta atividade e que os ajustamentos dependem também da relação entre a produção e a procura, mas sem adiantar prazos concretos para as metas.
As receitas fiscais com a exportação de petróleo de Angola desceram para 9,4 mil milhões de euros nos primeiros cinco meses do ano, segundo dados do Ministério das Finanças, a que a Lusa teve acesso no princípio de junho.
Só em maio, segundo a mesma informação, registou-se a receita fiscal mensal – oriunda de companhias operadoras e da concessionária nacional – mais baixa do ano, pouco acima de 198 mil milhões de kwanzas (perto de 1,5 mil milhões de euros).