Um sistema de lotarias chinesas, que incorporava apostas nos jogos do Campeonato Mundial realizado no Brasil em junho e julho, afastou um número significativo de jogadores dos casinos da Região Administrativa Especial de Macau, segundo dados divulgados esta semana pela agência Bloomberg.
Os números mostram que, em junho, as vendas de lotarias chinesas atingiram uns históricos 5.8 mil milhões de dólares, ou seja, 1.7 vezes o alcançado pelos casinos de Macau, na maior diferença registada desde 2009. Para além do apelo que o Campeonato Mundial de Futebol exerceu sobre os apostadores, outros fatores contribuíram para o pior desempenho das salas de jogo de Macau, como a proibição do uso de cartões de débito UnionPay e a atual campanha contra a corrupção que decorre na China, segundo aquela agência.Os bilhetes de lotaria, cuja venda o governo chinês autoriza desde a década de 1980, permitem apostas em variadas áreas, incluindo nos jogos do Mundial, e é uma das raras exceções no continente dos jogos de fortuna e azar, vistos como um dos “demónios sociais”.