CABO VERDE TEM QUE RESPEITAR REGRAS DA UE

por Arsenio Reis

 

Cabo Verde poderá exportar mais produtos alimentares para a União Europeia (UE), mas, para isso, tem de sensibilizar os operadores e produtores para respeitarem as normais nacionais e internacionais do Codex Alimentar, foi defendido esta semana.

 

Para Patrícia Alfama, administradora da Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) de Cabo Verde o queijo de cabra ou os doces cabo-verdianos são produtos com “potencialidades” para serem exportados para a UE, mas, para isso, têm de responder às normas nacionais e internacionais para proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas equitativas no comércio de alimentos.

CE copyA responsável disse que a missão conjunta de Portugal e da UE poderá ser um passo nesse sentido, uma vez que, além do reforço da capacidade técnica da ARFA na intervenção no mercado, pretende apoiar uma indústria com capacidade para exportar.“Uma das necessidades da ARFA é a supervisão e a inspeção do mercado nas etapas de produção e comercialização. É importante capacitar técnicos em sistemas de qualidade, programas de higiene e de boas práticas para que os operadores possam implementar nas indústrias e nos estabelecimentos grossistas e retalhistas”, sustentou.

“A nossa principal preocupação tem a ver com o controlo do mercado, e a aproximação com Portugal e UE é uma forma de irmos buscar apoio, assistência técnica e capacitação dos serviços e dos quadros nacionais”, reforçou Alfama, para quem a aguardente (grogue) e os produtos de origem animal são os com maior risco para a saúde pública cabo-verdiana.

“O mercado cabo-verdiano ainda tem muitas fragilidades. Ainda há muitos produtos colocados no mercado que não respondem aos requisitos nacionais de qualidade. Por isso, há uma necessidade do reforço da capacidade técnica para poder dar seguimento à inspeção”, finalizou.

Por sua vez, Miguel Cardo disse que, com a convergência técnica e normativa com a UE, Cabo Verde estará “mais próximo” do cumprimento de regras europeias e “mais facilmente” poderá aceder ao vasto mercado europeu com mais produtos.

“Cabo Verde já está habilitado a exportar pescado para todos os Estados membros da UE e um dos objetivos da missão é identificar outro setor produtivo no país com potencial para, não só ter capacidade produtiva, como também capacidade para se adaptar às regras europeias e aceder ao mercado europeu num futuro próximo”, realçou.

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