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S&P MANTEVE RATING DO PAÍS

A agência notadora financeira Standard & Poor’s manteve o rating de Cabo Verde em “B/B” com perspetiva “estável” e previu o crescimento do PIB até 2017, baseado na melhoria da performance de setores como a agricultura e pescas.

Citado num comunicado do Ministério das Finanças e do Planeamento, o relatório da S&P perspetiva que, de 2014 a 2017, haverá um crescimento do PIB, e uma recuperação gradual da economia na zona euro. Em relação às receitas do turismo, as ilhas do Sal e da Boa Vista deverão continuar a crescer, refere a agência de notação financeira, citada pelo executivo cabo-verdiano. O relatório avalia que a aposta do Governo no setor da infraestruturação e modernização dos dois principais aeroportos vai permitir elevar o tráfego de passageiros, bem como o investimento público em água e energia deverão continuar a sustentar as perspetivas económicas, reforçadas pela melhoria na demanda interna e a performance do turismo.

A S&P considera Cabo Verde como uma das democracias mais estáveis no continente africano, o que reforça a confiança e a continuidade do apoio dos parceiros, acrescenta o documento. A agência de notação financeira aconselha o Governo a continuar a consolidar e finalizar os projetos do sector público no âmbito de financiamento actual.

Apesar do aumento das receitas fiscais, em 2013, o documento prevê que o deficit fiscal, provavelmente, vai contrair progressivamente de 8,5% em 2013 para o patamar médio de 6,2% do PIB no período de 2014 a 2017. O comunicado do Ministério das Finanças e do Planeamento salienta o facto da S&P afirmar que a acumulação da dívida de Cabo Verde desde 2009 está ligada aos “fortes investimentos.

A S&P estima que a dívida pública líquida atingirá um pico de 100% do PIB em 2016, contribuindo para uma redução gradual da mesma, e que os juros sobre as receitas deverão permanecer abaixo dos 10% durante os anos de 2014 a 2017. Ciente disso, o executivo de Cabo Verde tem realizado um conjunto de reformas a nível da administração tributária, desde desmaterialização do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), e combate a evasão fiscal, como forma de arrecadar receitas no horizonte em análise, refere o comunicado do Governo.

Para 2014, a agência de rating perspetiva um aumento do Investimento Direito do Estrangeiro (IDE) e maiores exportações de bens de capital.

De 2014 a 2017 prevê igualmente, um aumento do deficit comercial na ordem dos 9% do PIB, sendo que o aumento das receitas do turismo, os fluxos de remessas da diáspora, e de assistência oficial ao desenvolvimento irão mitigar alguns dos riscos associados aos deficits comerciais projetados.

A S&P estima que as necessidades de financiamento externo bruto, ou a relação entre as receitas de conta corrente mais as reservas, atingirão uma média de 165% no período de 2014 a 2017, acima dos 140% que atingiram o período de 2010 a 2013, enquanto o endividamento externo líquido do país, pode chegar aos 105% das receitas da conta corrente.

Em maio último, uma missão do Grupo de Ajuda Orçamental (GAO) que esteve em Cabo Verde, destacou os investimentos feitos pelo Governo na mobilização da água e nos incentivos para melhorar a capacidade dos agricultores de uma maneira geral, tendo reconhecido a “boa gestão” alcançada pelo país.

 

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