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ADOLESCENTES QUEREM É GADGETS

Adidas, Ralph Lauren, Tommy Hilfiger, Lacoste, Levi’s… Não são tempos fáceis para as grandes marcas de vestuário. Na hora de mostrar os símbolos de estatuto, os adolescentes americanos optam por gadgets tecnológicos ou por jantar num bom restaurante.

Numa década, as prioridades e os padrões de consumo dos consumidores mais jovens mudaram, concluem estudos recentes. Se por um lado a experiência de comer fora é mais valorizada em detrimento do objecto, os gadgets eletrónicos deixaram de ser vistos como uma simples ferramenta e entraram no domínio pop. Afinal, a qualidade de uma selfie conta muito menos do que a atitude. Segundo o International Business Times, é relevante nas conversas entre os millennials (como é apelidada a geração que nasceu entre os primeiros anos da década de 80 e o início do milénio) se já se possui um iPhone 5, se ainda temos um iPhone 4 ou se, logo que apareça no mercado, compraremos um iPhone 6. “A tecnologia está a provocar grande competição na forma como os adolescentes e jovens adultos gastam o seu dinheiro”, explica Marcia Flicker, professora de Gestão na Universidade de Fordham. Sintomaticamente, uma sondagem da consultora Pipper Jeffray revela que as vendas de iPhones abrandaram nos últimos três meses. A razão: apesar de ainda não passar de um rumor, muitos já esperam pelo iPhone 6, mais semelhante ao Galaxy da Samsung, com um ecrã de 4,7 ou 4,8 polegadas.

 

Robôs, o novo amor da Amazon

 

Esqueçam os drones voadores para entregas super-rápidas num máximo de 30 minutos. Pelo menos para já, não é fácil fintar as leis que regem o espaço aéreo e a tecnologia ainda tem de se aperfeiçoar. Ao invés, a Amazon “contratou” mil robôs para os seus armazéns, de forma a acelerar e baixar ainda mais os custos do processamento das encomendas. São produzidos pela Kiva Systems, empresa que a Amazon adquirou em 2012 por 775 milhões de dólares (570 milhões de euros). Segundo Jeff Bezos, CEO da Amazon, esta legião robôs não implicará qualquer despedimento e os planos são ambiciosos: até ao final de 2014 o total de robots nos armazéns da Amazon ascenderá a 10 mil.

 

Uma arma mesmo inteligente?

 

     A ideia de produzir armas de fogo inteligentes remonta aos anos 70, mas nunca o debate foi tão vivo, já que a empresa alemã Armatix GmbH decidiu revolucionar os muitos protótipos existentes: a pistola Armatix iP1 só pode ser disparada se o seu portador usar no pulso um relógio especial. Tem de estar a um máximo de 40 centímetros da arma e utiliza uma tecnologia assente num chip de identificação por rádio-frequência (RFID). Caso pistola e chip não correspondam, ou se o chip estiver a mais de 40 centímetros, o disparo é impossível. Quanto à polémica, ela vem essencialmente dos EUA, onde vários lóbis de utilização livre de armas, com National Rifle Association à cabeça, garantem ser a smartgun inconstitucional: violaria a segunda emenda à Lei Fundamental dos EUA, que protege o direito dos cidadãos de manter e portar armas.

Os alemães da Armatix, que sabem ser o mercado norte-americano essencial para a viabilização do produto, asseguram que o chip pode ser partilhado por mais de uma pessoa. Contudo, uma segunda fragilidade tem que ver com a pirataria. Alguns hackers já provaram ser possível ler chips RFID utilizando tecnologia barata enquanto que as leituras biométricas também não inspiram muito mais confiança: um molde de cola simples pode ser suficiente para falsear as impressões digitais.

 

Google prepara tablet 3D

 

Depois dos óculos inteligentes e das lentes de contacto que permitem aferir os níveis de glucose no sangue através da lágrima, a Google avança em força para a tridimensionalidade. A ideia é, seja com um smartphone seja com um tablet, criar mapas 3D do nosso espaço envolvente. Esta inovação, que ainda não foi oficialmente confirmada pela empresa, assenta em sensores de infra-vermelhos, que conseguem ler a profundidade do meio circundante. De acordo com o Wall Street Journal, 4000 aparelhos poderiam ser já fabricados este mês para serem testados pelos engenheiros e programadores do Google, que busca incessantemente outro produto killer. Bem que poderia ser este: um aparelho móvel que deteta e partilha em rede o espaço e o movimento tal como um ser humano os percebe nunca será algo menor.

 

A agonia da HP

 

Durante anos, a Hewllet-Packard foi sinónimo de reputadas impressoras e computadores a preços bastante competitivos. Mas os maus resultados acumulados nos últimos anos estão a obrigar a empresa de Silicon Valley a uma profunda reorientação estratégica: doravante vai focar-se sobretudo nos equipamentos para empresas. Quanto aos trabalhadores, uma sangria está em curso: aos 34 mil anunciados anteriormente, o ex-gigante vai somar outros 16 mil um pouco por todo o mundo (nas suas operações globais, a HP conta com 250 mil trabalhadores).

 

O Mi Pad que vem da China         

 

Enquanto a californiana Apple e a sul-coreana Samsung se digladiam em tribunal sobre as patentes dos smartphones de nova geração, duas empresas chinesas fazem furor e começam a morder os calcanhares aos dois gigantes. Antes de mais a Lenovo, cujos resultados anuais revelados há semanas mostram um aumento anual de 14 por cento (55 milhões de computadores pessoais, 50 milhões de smartphones e 9,2 milhões de tabletes). Com estes números, a empresa de Pequim ultrapassou pela primeira vez a Apple no campeonato de vendas de computadores pessoais (subiu 6,8 por cento quando a indústria sofreu uma redução de 3,1 por cento). O maior incremento verificou-se precisamente no mercado norte-americano. Por outro lado, a chinesa Xiaomi Corp., nascida há meros quatro anos, prepara-se para apresentar este mês o seu Mi Pad, que será uma espécie de iPad mini com um ecrã de 7,9 polegadas. Nela correrá software Android e o preço estimado será de 1499 yuan, aproximadamente 200 euros. Outra das grandes apostas da Xiaomi — cuja estratégia de venda direta online permite cortar substancialmente no preço de comercialização dos produtos — é uma televisão de alta definição com 49 polegadas. O preço? Meros 3999 yuan.

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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